Novas frotas poderão gerar 98 MI de TB de dados por ano até 2026
Os designs mais recentes de aeronaves que ingressam agora nas frotas são equipados com tecnologias que podem oferecer a coleta e transmissão de dados sem precedentes a nível do sistema e de partes, de acordo com a pesquisa de MRO (manutenção, reparo e revisão) anual da Oliver Wyman. A frota mundial poderá gerar mais de 98 milhões de terabytes de dados por ano até 2026, de acordo com estimativas de previsão, criando novas oportunidades para uma manutenção mais prognóstica.
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(Graphic: Business Wire)
A pesquisa, que foi lançada na Conferência de MRO Américas da Aviation Week, examina uma variedade de temas de tecnologia e inovação, incluindo como as operadoras, MROs e OEMs (fabricantes de equipamentos originais)estão adotando, utilizando e investindo em recursos de “big data” (ou megadados) – especialmente orientados para os sistemas de gerenciamento de saúde da aeronave (AHM) e de manutenção preditiva (PM).
“Muitas operadoras estão desfrutando de melhores margens e também aumentando os investimentos em novas aviões, apesar dos custos atuais baixos dos combustíveis e impacto sobre a nova economia das aeronaves”, disse Tim Hoyland, parceiro da Oliver Wyman e coautor do relatório. “Estas novas aeronaves de próxima geração proporcionam um sólido fluxo de dados, que vai permitir às operadoras e fornecedores prever, planejar e implantar melhor os recursos das aeronaves. Entretanto, o setor enfrenta uma verdadeira desconexão sobre como integrar esses dados em uma infraestrutura de TI em envelhecimento em muitas companhias aéreas. Até que isso seja solucionado, o poder real destes dados não poderá ser aproveitado.”
Os principais destaques da pesquisa incluem:
Embora a adoção do AHM e PM esteja crescendo, a sofisticação a nível do usuário permanece instável e/ou orientada para soluções pontuais:
Cinquenta e seis por cento utilizam o AHM para uma parte ou toda a sua frota de aeronaves. A aplicação mais comum do AHM é a monitoração de condição de motor (ECM), uma oferta de OEM de longa data. A utilização é menos difundida dentro das aplicações de manutenção de estruturas e de componentes, áreas nas quais terceiros ou MROs de empresas são os fornecedores primários mais comuns.
A adoção de manutenção preditiva fica atrás do AHM em apenas 44%, com menos da metade desses entrevistados aplicando a PM em todas as aeronaves.
Cinquenta e nove por cento dos entrevistados de companhias aéreas planejam restringir o uso do AHM a pequenos subconjuntos de dados, diretamente ou através de terceiros, em vez de prosseguir com uma abordagem ampla e abrangente. Para aqueles que utilizam a PM, 83% se concentram em subconjuntos estreitos, enquanto apenas um em cada cinco esperam aplicar técnicas preditivas para todos os dados disponíveis.
O projeto de negócios para uma implantação em ampla escala de soluções de “big data” permanece indefinido para muitos entrevistados. Embora 63% citem melhorias de confiabilidade do AHM e 30% para a PM, cerca de 1/3 dos entrevistados ou menos estão vendo atualmente uma dura economia de custos em dólar em todas as despesas com motores, componentes e fuselagem.
Além disso, muitas operadoras têm outras prioridades tecnológicas imediatas. Elas relatam que uma grande parte do seu orçamento de TI está comprometida com iniciativas, como reparo e manutenção de sistemas existentes (29%), migração para novo software (19%), desenvolvimento/melhoria do sistema de inventário (9%), introdução de novo hardware para permitir operações de linha de frente e outras iniciativas tecnológicas (24%). Segundo os entrevistados, apenas 8% dos orçamentos de TI de companhias aéreas são alocados para o desenvolvimento/melhoria dos sistemas de AHM ou PM.
Apesar disso, os entrevistados disseram que planejam investir mais nessas tecnologias e esperam que elas se tornam uma parte essencial da tomada de decisão no futuro.
Em termos de segmentos de reposição, os autores esperam que:
Os OEMs continuem a pressionar a adoção, investir no entendimento do potencial e utilização avançada de tecnologia em companhias aéreas.
As operadoras devem se tornar mais decididas e orientadas para resultados em seus programas de “big data”, atrair a participação de um grupo representativo das partes interessadas para entender e dar prioridade aos dados disponíveis e desenvolver projetos de negócios mais robustos que suportem uma adoção maior.
Outros fornecedores, incluindo os MROs, consultorias e empresas de TI, buscarão nichos sustentáveis na cadeia de valor em torno do “big data”. Isso pode incluir parcerias ou o desenvolvimento da capacidade interna para criar pacotes de serviços centrados em dados – coleta, análise, elaboração de relatórios, apoio à decisão e conformidade – com a manutenção de contato tradicional.
“O desafio óbvio para as operadoras é uma execução focada que gere melhorias tangíveis e demonstráveis em custos e confiabilidade. Para os OEMs, acelerar a adoção e os investimentos rentáveis em monetização na manutenção preditiva será um desafio significativo”, disse Chris Spafford, parceiro da Oliver Wyman e coautor do relatório.
Para baixar o relatório completo, clique aqui.
Sobre a pesquisa de MRO
Entrando em sua segunda década, a pesquisa anual de MRO (manutenção, reparo e revisão) realizada pela Oliver Wyman é um padrão da indústria para a obtenção de informações sobre a mudança de tendências no setor de MRO. A pesquisa consulta líderes na indústria de MRO, incluindo altos executivos de operações de companhias aéreas, departamentos de compras e de engenharia, fornecedores de manutenção empregados e independentes, divisões de reposição de OEM e profissionais de financiamento e leasing. Os entrevistados estão esmagadoramente nos cargos de executivos de primeira linha e de executivos seniores e representam um grupo representativo do setor.
Fonte: Business Wire 05/04/2016