Maior avião comercial bimotor da atualidade terá asas dobráveis
A Boeing divulgou a primeira imagem das pontas das asas dobráveis do 777-9, o mais novo membro da família Triple Seven. A solução tem por objetivo reduzir a envergadura em operações no solo, que passa de 71,7 m para 64,8 m.
A ideia não é nova, a Boeing havia sugerido ponta de asas dobráveis ainda na década de 1990, tanto para o 777-200 quanto a versão -300. No entanto, na época não houve interesse do mercado. O emprego atual se deve a real necessidade de reduzir a envergadura, mantendo o 777 dentro do chamado Code E, de aeroportos.
A Icao (International Civil Aviation Organization) possui um documento de referência de aeroportos, onde define em cinco categorias (A ao F) a classificação do pátio em relação a envergadura dos aviões que ali podem operar. Um aeroporto Code E significa que pode operar aeronaves com envergadura de até 64,99m. Uma mudança na envergadura do 777 restringiria drasticamente o número de aeroportos no mundo aptos a receber o avião. Acima está o Code F, com envergadura entre 65 m e 79,99m, onde está incluso o Airbus A380.
Diversas tecnologias desenvolvidas para o 787 Dreamliner foram aprimoradas e aplicadas no novo 777, como o desenho das asas, que devem ser as mais eficientes já projetadas para um avião comercial, assim como o uso intensivo de materiais compostos e novas ligas metálicas presentes em praticamente a totalidade do avião. Os motores, conforme esperado, sofreram uma série de melhorias, incluindo um desenho mais eficiente das pás do rotor e melhorias mecânicas e aerodinâmicas nos conjuntos do compressor e turbinas.
Fonte: Aeromagazine 26/09/2018.