Passaredo Linhas Aéreas é vendida para o grupo de transporte rodoviário Itapemirim
Passaredo Linhas Aéreas anunciou na noite desta segunda-feira (3) a venda da empresa para o Grupo Itapemirim, conglomerado de transporte rodoviário de cargas e passageiros, que atua em 22 estados e conta com 1,2 mil ônibus. O valor da negociação não foi divulgado.
Em nota, a assessoria da Passaredo informou que a gestão da empresa será compartilhada pelos próximos dois meses, durante o “cumprimento de condições suspensivas”, mas o comando executivo ficará nas mãos do empresário Sidnei Piva de Jesus, sócio da Itapemirim.
Atualmente, a Passaredo possui sete aviões e atende 20 cidades em nove estados brasileiros. O grupo Itapemirim anunciou que vai ampliar para 80 os destinos aéreos no interior do país e adquirir 20 novas aeronaves até o final do próximo ano.
A integração entre as malhas aérea e terrestre atingirá cerca de 2,5 mil cidades brasileiras.
Também em nota, a Passaredo informou que as operações firmadas em codeshare, com a Latam Linhas Aéreas, e em contrato interline, com a Gol Linhas Aéreas, continuam funcionando normalmente. Isso significa que as empresas seguem operando de forma complementar.
Recuperação judicial
Em recuperação judicial há quatro anos, a Passaredo chegou a demitir 200 funcionários em junho do ano passado e ainda deixou de atender os municípios de Dourados (MS) e Uberlândia (MG), como parte de um processo de reestruturação diante da crise econômica.
Antes disso, em julho de 2012, a empresa já havia demitido 113 colaboradores, após encerrar os voos entre o Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), e cidades de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Cascavel (PR) e Londrina (PR).
“O novo controlador quer investir para o crescimento sustentável do negócio, para que, gerando receita, a própria empresa possa liquidar seu passivo”, diz nota enviada pela Passaredo.
O grupo Itapemirim, por sua vez, é formado pela Viação Itapemirim, que também está em processo de recuperação judicial, diante de um quadro de dívidas trabalhistas e com fornecedores da ordem de R$ 330 milhões e de um passivo tributário de R$ 1 bilhão.
Fonte: G1