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Mercado de aviação no mundo transportou 4,4 bilhões de passageiros em 2018

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou os números do desempenho das companhias aéreas de 2018, com melhora na eficiência do setor e a marca de 4,4 bilhões de passageiros transportados ao redor do mundo.

De acordo com os dados do IATA World Air Transport Statistics (2019 WATS), relatório de dados estatísticos sobre as companhias aéreas que copilam os dados do último ano, as empresas aéreas obtiveram recorde de eficiência, com 81,9% dos assentos disponíveis ocupados. Outro pronto importante foi a melhora no consumo de combustível em 12% em relação aos números de 2010. Parte se justifica pela entrada em serviço de novas aeronaves equipadas com motores mais modernos, como os Airbus A220, A320neo e A350 XWB, assim como os Boeing 787 e Embraer E-Jet E2.

O relatório apontou que 22 mil pares de cidades estão conectados por voos diretos, aumento de 1.300 cidades em relação a 2017 e o dobro praticamente o dobro de cidades conectadas em 1998, quando globalmente 10.250 pares de cidades tinham voos diretos. Grande parte do total se refere a cidades asiáticas, região que concentrou o maior número de novos voos nas últimas duas décadas.

Outro dado importante foi a queda no custo real do transporte aéreo, que reduziu pela metade em 20 anos, passando para aproximadamente US$ 78 centavos por tonelada/quilômetro da receita.

“As companhias aéreas conectam cada vez mais pessoas e lugares. A liberdade de voar nunca esteve tão acessível”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA. “Como acontece com qualquer atividade humana, isso envolve um custo ambiental que as companhias aéreas têm o compromisso de reduzir. A partir de 2020, limitaremos o crescimento líquido das emissões de carbono e até 2050, reduziremos nossa pegada de carbono para metade dos níveis de 2005”.

O consumo de combustível atrelado a emissão de poluentes tem sido tema de diversas negociações do setor aéreo, de novos procedimentos de pouso e decolagem até ao desenvolvimento de aeronaves mais eficientes. A expectativa é que nos próximos 20 anos a eletrificação da aviação comercial seja uma realidade. Possivelmente parte dos modelos serão híbridos, como aconteceu na indústria automotiva.

Destaques do desempenho do setor de companhias aéreas de 2018

• Em todo o sistema, as companhias aéreas transportaram 4,4 bilhões de passageiros nos voos programados, um aumento de 6,9% em relação a 2017 e 284 milhões de viagens adicionais por via aérea.

• O desenvolvimento do segmento de companhias aéreas de baixo custo (LCCs – low-cost carriers) continua acima do crescimento das companhias aéreas de rede.

• Medida em ASKs (assentos disponíveis por quilômetro), a capacidade das LCCs aumentou 13,4%, quase o dobro da taxa de crescimento geral do setor de 6,9%. As LCCs representaram 21% da capacidade global em 2018, acima dos 11% registrados em 2004.

• Com relação aos assentos disponíveis, a participação global das LCCs em 2018 foi de 29%, reflexo a característica de voos curtos do seu modelo de negócios. Esse resultado ficou acima dos 16% registrados em 2004.

• Cerca de 52 das 290 companhias aéreas associadas à IATA são LCCs ou companhias aéreas de novos modelos.

• As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico foram, mais uma vez, as que transportaram o maior número de passageiros em todo o sistema. Os rankings regionais (baseados no total de passageiros transportados em voos programados pelas companhias aéreas registrado naquela região) são:

1. Ásia-Pacício: 37,1% do mercado (1,6 bilhão de passageiros, um de 9,2% em relação a 2017).

2. Europa: 26,2% do mercado (1,1 bilhão de passageiros, aumento de 6,6% em relação a 2017).

3. América do Norte: 22,6% do mercado (989,4 milhões de passageiros, aumento de 4.8% em relação a 2017).

4. América Latina: 6,9% do mercado (302,2 milhões de passageiros, aumento de 5,7% em relação a 2017).

5. Oriente Médio 5.1% do mercado (224,2 milhões de passageiros, aumento de 4,0% em relação a 2017).

6. África: 2,1% do mercado (92 milhões de passageiros, aumento de 5,5% em relação a 2017).

Fonte: Aero Magazine 05/08/2019

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