Mercado

Iata prevê 3º ano consecutivo de lucros para 2017

Alexandre De Juniac, Diretor Geral e CEO da IATA

“Três anos de lucro sustentável é algo nunca visto na indústria da aviação”. Assim comemora o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac, sobre os resultados do setor. A análise do mercado realizada pela entidade foi divulgada nesta quinta-feira, com balanços de 2016 e previsões para o ano seguinte.

Em junho, a Iata havia projetado um lucro líquido de US$ 39,4 bilhões no setor. No último documento, no entanto, a entidade foi obrigada a rever este número, baixando para US$ 35,6 bilhões – ainda assim recorde histórico da indústria da aviação, bem como a margem de lucro de 5,1%, nunca vista antes no segmento.

Para o ano que vem, os valores não chegam próximos da marca histórica de 2016, mas ainda assim serão suficientes para manter a aviação no verde. “Mesmo que as condições em 2017 sejam mais difíceis, com o aumento do preço do petróleo, nós vemos a indústria lucrando US$ 29,8 bilhões. Estes três anos são a melhor performance da história da indústria – independentemente de tantas incertezas que enfrentamos”, disse de Juniac. “Na verdade, os riscos são vários – políticos, econômicos e de segurança entre eles. E controlar os custos é ainda uma constante batalha em nossa indústria hipercompetitiva”, foi além.

Apesar dos resultados, o CEO da entidade faz questão de assumir que o dinheiro acaba se acumulando em alguns mercados. “Temos que reconhecer que os lucros não são igualmente distribuídos, com as performances mais fortes se concentrando na América do Norte”, relativiza. Prova disso é que a análise regional da Iata prevê resultados bem mais singelos para a América Latina.

Os US$ 300 milhões que a indústria irá alcançar em 2016 não serão repetidos no ano que vem. Com uma baixa de 33%, o lucro líquido de 2017 deve se manter na casa dos US$ 200 milhões, segundo a Iata. Apesar disso, “a capacidade oferecida pelas companhias da região está prevista para crescer em 4,8%, o que ultrapassa a expectativa de crescimento de demanda, que é de 4%”, relata o documento.

Fonte: Panrotas 9/12/2016

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