Iata: aviação deve lucrar US$3 bilhões a mais em 2016
A International Air Transport Association (IATA) anunciou sua previsão para a indústria da aviação em 2016. A margem de lucro líquida média para o próximo ano é de 5,1% com lucros líquidos de U$36,3 bilhões.
Simultaneamente, a organização revisou a projeção para o setor este ano. O número final apresentou uma alta na margem de lucro líquida de 4,6%, com lucros líquidos de U$33 bilhões, se comparado a previsão de junho, que somou apenas U$29.3 bilhões. Segundo a Iata, os saldos positivos da indústria são impulsionados por uma combinação de fatores.
Preço baixo do petróleo, forte demanda de viagens por passageiros para compensar o fraco crescimento de cargas e desempenho econômico satisfatório de economias-chave estão entre eles. “Essas são boas notícias. A indústria da aviação está mostrando uma performance financeira e operacional sólida. Os passageiros são os beneficiários com maior valor. O desempenho ambiental está melhorando”, listou o CEO da Iata, Tony Tyler.
“Pessoas e empresas estão sendo conectadas a mais lugares. Os níveis de emprego também estão aumentando. E, finalmente, os nossos acionistas estão começando a receber retornos normais sobre seus investimentos”, completou.
DIFERENÇAS REGIONAIS
Assim como outros setores, o quociente da aviação varia conforme a região. No ranking de lucratividade, a primeira posição é ocupada pela América do Norte, que gera mais do que a metade dos lucros globais. Em 2015, as empresas norte-americanas conquistaram US$19,4 bilhões, mas em 2016 a Iata acredita que o valor não deve passar de US$19,2 bilhões.
A região é seguida por Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio, América Latina e África. Em relação às organizações latino-americanas, o rendimento da aviação enfraqueceu conforme a piora da crise econômica no Brasil, os fracos preços de commodities, além de flutuações cambiais adversas.
A região deverá fechar 2015 com perdas de US$ 300 milhões, e recuperar o débito com lucros de US$400 milhões em 2016. Já o crescimento do tráfego tem expectativa de crescimento nos dois anos, 5,6% em 2016 e 7,5% em 2016, com base na demanda de conexões com a América do Norte.
A Iata também acredita que os recentes resultados eleitorais na Venezuela e na Argentina deverão resultar num ambiente mais amigável para os negócios das aéreas. Isso porque os controles governamentais bloquearam a repatriação de lucros das companhias.
Fonte: Panrotas (10/12/2015)