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Aeroporto de Guarulhos pesa sobre prejuízo da Invepar no tri

O grupo Invepar, concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos, reportou um prejuízo líquido de 138,5 milhões de reais no terceiro trimestre, perda 12% maior do que a registrada no mesmo período de 2014.

Essa cifra representa a parcela atribuída aos sócios da empresa controladora. O segmento que mais pesou no resultado negativo foi justamente o de aeroportos, que teve um prejuízo de 134,5 milhões de reais de julho a setembro.

De acordo com a companhia, os números são consequência, principalmente, da correção monetária do valor que ela deve pagar pela outorga fixa de Guarulhos nos próximos anos.

“Com a alta da inflação (IPCA) no trimestre, a correção monetária do pagamento anual dos próximos anos da concessão do aeroporto é reconhecida toda de uma vez no resultado da Invepar como despesa”, justificou, em comunicado.

“Já o efeito positivo da inflação na receita futura do aeroporto de Guarulhos não é contabilizado agora, ficando para ser reconhecido nos próximos anos”, emendava a nota.

Os setores de rodovias e mobilidade urbana geridos pela empresa, porém, tiveram lucros de 120,7 milhões de reais e 92,2 milhões de reais no terceiro trimestre, respectivamente.

Quando levada em conta a fatia referente aos sócios minoritários, o prejuízo total da concessionária de julho a setembro chega a 280 milhões de reais.

Arrecadação

A receita líquida de bens e serviços da Invepar atingiu 1,2 bilhão de reais no terceiro trimestre. A receita líquida ajustada (que exclui efeitos contábeis e custo de construção), foi de 888,9 milhões de reais em todas as empresas do grupo, uma alta de 11% ante os mesmos meses de 2014.

Os investimentos da concessionária no período chegaram a 520,9 milhões de reais no período, com destaque para a reforma e ampliação dos terminais 1 e 2 do aeroporto de Guarulhos. No acumulado do ano, os valores somam 1,6 bilhão de reais.

Segundo a Invepar, esses números também têm grande influência sobre o prejuízo registrado no trimestre e são naturais.

O prazo remanescente de concessão da companhia é de 24,7 anos, na média, o que indica que a maior parte de seus negócios ainda é nova e demanda grandes investimentos.

“Este é o comportamento típico em projetos de infraestrutura, em que no início há geração de caixa negativa e com a maturidade das operações os resultados operacionais são crescentes e possuem pouca volatilidade”, explicou.

Fonte: Exame (16/11/2015)

Imagem: Andre Lessa/ Exame

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