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Abear: MP das aéreas pode ter efeito limitado para atrair competidores

A sanção do projeto de lei que autoriza até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas com sede no Brasil será insuficiente para atrair mais concorrentes ao mercado. A avaliação é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa Gol, Latam, Latam Cargo, Avianca, Boeing, MAP e Passaredo. “O impacto da nova lei pode ser restringido por duas medidas, a volta da franquia de bagagem e a obrigação do novo competidor operar 5% dos voos em rotas regionais”, afirmou Eduardo Sanovicz, presidente da Abear. 

Para o executivo, as duas medidas, incluídas no projeto de lei já aprovado no Congresso Nacional, aumentam o custo da operação aérea e pode afastar companhias “low cost” potencialmente interessadas em competir no país.

Fraco desempenho da economia  Sanovicz também disse que o setor aéreo tem potencial para dobrar de tamanho no prazo de dez anos. No entanto, esse crescimento é limitado pelo desempenho fraco da economia.

“A vinda de mais competidores estrangeiros depende da retomada do crescimento econômico no país”, afirmou. O executivo acrescentou que o setor aéreo opera com custos altos e rentabilidade baixa, da ordem de 3%. “Sem um aumento mais forte na demanda, dificilmente outros concorrentes vão se arriscar a vir para o Brasil”, disse Sanovicz.

Na visão do executivo, se o projeto de lei for sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro como está hoje, a abertura ao capital estrangeiro deverá atrair apenas grupos interessados em investir nas aéreas que já operam no Brasil, o que não ampliaria a competição no setor.

Fonte: Valor Econômico 30/05/2019

 

 

 

 

 

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