Ministério propõe concessão de três blocos de aeroportos
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil apresentará ao conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) uma proposta para conceder mais três blocos de aeroportos à iniciativa privada em 2018. O Santos Dumont (RJ), uma das “joias” ainda mantidas pela Infraero, é o maior destaque. A reunião do PPI, que será comandada pelo próprio presidente Michel Temer, deve ocorrer na última semana deste mês.
Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta manhã, o ministro Maurício Quintella confirmou a proposta. O plano do ministério é misturar, em cada um dos três lotes, terminais lucrativos e deficitários. Congonhas, em São Paulo, o mais rentável de toda a rede da Infraero, está fora da lista. Como na última rodada de concessões, a ideia é conceder 100% dos aeroportos, sem participação minoritária da estatal.
Santos Dumont encabeça um dos três blocos, que teria ainda outros cinco ativos: Vitória, Macaé (RJ), Jacarepaguá (RJ), Pampulha (MG) e Carlos Prates (MG). De acordo com os estudos preliminares feitos pelo ministério, o valor mínimo de outorga do bloco poderá chegar a R$ 1,7 bilhão.
Recife lidera um lote de aeroportos localizados na região Nordeste, que teria ainda os seguintes terminais: Maceió, São Luís, João Pessoa, Teresina, Aracaju, Juazeiro do Norte (CE), Imperatriz (MA), Paulo Afonso (BA), Parnaíba (PI) e Campina Grande (PB). Esse lote ficaria com lance mínimo de R$ 2,2 bilhões.
O terceiro bloco contaria com aeroportos situados no Mato Grosso. Cuiabá puxaria esse grupo e a ideia do governo é que ele possa ser alimentado por outros quatro terminais menores, de caráter regional, para dar mais sinergia às operações: Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças. O valor seria de R$ 200 milhões.
Fonte: Valor 08/08/2017