Infraestrutura

Inspeção de segurança da aviação comercial se aplica à aviação executiva durante jogos Rio 2016

A Secretaria de Aviação Civil promove oito simulados operacionais para testar procedimentos de inspeção de segurança aplicados à aviação executiva durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. As medidas, já usadas na aviação comercial, criam barreiras extras de segurança para pouso e decolagem de aeronaves executivas com destino ou origem no Rio de Janeiro ou nas cidades do futebol. As regras são válidas para o período de 3 a 22 de agosto e 7 a 19 de setembro, conforme a Circular de Informação Aeronáutica nº 07/2016 e seguindo as normas das áreas restritas do espaço aéreo brasileiro para o evento.

O calendário de testes contempla oito aeroportos-hub, cuja função é realizar a vistoria de tripulantes, passageiros, bagagens e cargas antes da chegada da aeronave executiva ao Rio. Participam dos simulados os aeroportos de Cabo Frio/RJ, dia 14; Guarulhos/SP e Porto Alegre/RS, dia 15; Recife/PE e Manaus/AM, dia 18; Brasília/DF, já testado no dia 8; além de Galeão e Santos Dumont, no Rio, com testes agendados para esta terça e quarta-feiras (12 e 13), respectivamente.

De acordo com João Alves, chefe de serviço do CTOE, “esse teste é fundamental porque a aviação geral, numa operação ordinária, não é submetida a inspeções de segurança. Os simulados usarão aeronaves executivas com tripulantes e passageiros, para verificar se o plano operacional de segurança apresentado pelas empresas homologadas para essa prestação de serviço está sendo seguido conforme as exigências da AIC”, explica.

A ação é organizada pelo Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE) – vinculado à Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) e coordenado pela Secretaria de Aviação Civil –, com supervisão da Polícia Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), bem como a participação das empresas homologadas para a prestação de serviço de inspeção de segurança.

OPERAÇÃO DO SETOR AÉREO NOS JOGOS – A Secretaria de Aviação Civil – vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil – coordenou a elaboração do Manual de Planejamento do Setor Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O documento consiste em um grande acordo operacional e de planejamento, que padroniza a operação dos 40 aeroportos sob regime especial de funcionamento durante o megaevento.

A cartilha do setor estabelece uma ação integrada entre operadores e órgãos públicos do setor aeroportuário, criando uma rede estratégica, coordenada e imediata de resposta para fatos e imprevistos da aviação. O manual foi construído após cerca de 400 horas de debates, análises técnicas, revisão de procedimentos, ações de alinhamento e cooperação para as Olimpíadas e Paralimpíadas e carimbado pelos 27 órgãos que compõem o Comitê Técnico de Operações Especiais da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias).

Entre os pontos de destaque estão o planejamento de fluxo dos terminais de passageiros e ocupação de pátios e pistas, questões de segurança e defesa aérea, reforço de recursos humanos, administração da capacidade de operação dos aeroportos, gerenciamento de prioridades de tráfego aéreo e acessibilidade. Todos esses itens são verificados desde 2015, em simulados e eventos-teste. A operação foi planejada para oferecer máximo conforto ao passageiro e minimizar impactos da demanda extra aos serviços aeroportuários.

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem trazer ao Brasil delegações de 206 países e mais de 100 chefes de Estado. Em torno de 2.200 controladores de voo já receberam treinamento específico para administração do fluxo da aviação no período da competição e mais de 1 mil vagas extras já estão mapeadas nos pátios dos terminais para estacionamento de aeronaves no período. Os dez principais aeroportos que devem atender à demanda majoritária do evento terão um efetivo aproximado de 11 mil profissionais no período.

Fonte: SAC 15/07/2016

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