Estudo da SAC mostra movimentação aérea durante Jogos Rio 2016
Levantamento realizado pela Secretaria de Aviação da Presidência da República apresenta as estimativas da movimentação de passageiros por hora e por dia nos dez principais aeroportos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O objetivo do estudo é preparar os terminais brasileiros e as companhias aéreas para os 11 mil atletas, membros de delegações e turistas de 206 países. Esse público soma mais de 1 milhão de passageiros que devem circular pelos 39 aeroportos envolvidos na operação aérea especialmente planejada para o evento.
A pesquisa identificou, de 1º de agosto a 24 de setembro de 2016, os dias de maior movimentação dos 10 principais aeroportos envolvidos na programação das Olimpíadas: Galeão (RJ), no dia 22/08; Santos Dumont (RJ), em 5, 19 e 26/08; Guarulhos (SP), no dia 22/08; Congonhas (SP), em 12/09; Viracopos (SP), dia 22/08; Brasília (DF), em 22/08; e Confins (BH), 15/08.
Os dias 22, 15 e 5 de agosto serão os de maior movimentação média diária nos 10 terminais analisados, com expectativa de circulação de, respectivamente, 405 mil, 393 mil e 388 mil passageiros. O dia 22 sucede o encerramento dos Jogos Olímpicos; o dia 15 é a segunda-feira posterior ao fim de semana no qual devem ser disputadas cerca de 60 medalhas de ouro, quase 20% do total, nas modalidades de natação, atletismo e ginástica artística – esportes que atraem, via de regra, um grande público; e no dia 5 ocorre a Cerimônia de Abertura das Olimpíadas.
Para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, o dia mais movimentado será 16 de setembro, uma sexta-feira, que corresponde ao quinto dia mais movimentado para todo o período do levantamento, com estimativa de 377 mil passageiros em trânsito pelos terminais analisados.
“De posse desses dados, os gestores aeroportuários poderão se preparar de forma mais assertiva e melhor dimensionar seus recursos humanos e equipamentos para atender os horários e dias de maior movimentação em seus aeroportos. O grande fluxo de autoridades e delegações desportivas internacionais, o manuseio dos equipamentos para as competições, os atletas paraolímpicos, além de animais exige um tratamento adequado para essas especificidades. O relatório também auxilia na gestão das empresas aéreas”, avalia o secretário executivo da Secretaria de Aviação da Presidência da República, Guilherme Ramalho.
As projeções poderão ser alteradas à medida em que novos voos não regulares forem alocados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A cada 30 dias, essa base de dados com a oferta dos assentos é modificada e consequentemente as estimativas do estudo são atualizadas.
METODOLOGIA – Para cada aeroporto, o estudo possui quatro métodos distintos de medição. O primeiro modelo diz respeito à estimativa de partidas domésticas, o segundo sobre chegadas domésticas, e os demais para embarques e desembarques internacionais.
A base de dados utilizada foi cedida pelos operadores aeroportuários, neste caso as concessionárias e Infraero. As informações contêm número de voos, quantidade de assentos ofertados, quantidade de passageiros transportados, origem e destino, categoria do voo (Regular, Aviação Geral, Fretamento, etc.), classe (doméstico ou internacional), data e hora previstas e data e hora realizadas. O período de referência analisado foi de junho a agosto de 2014, durante a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014. Dessa forma, foi possível acompanhar a variação da demanda e representar o impacto de grandes eventos internacionais no setor da aviação brasileira.
SETOR AÉREO NOS JOGOS – Mais de 1 milhão de atletas, delegações e turistas circularão pelos aeroportos cariocas e 4,7 milhões de volumes de bagagem serão processados ao longo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Cerca de mil voluntários participarão do atendimento ao público nos aeroportos.
O megaevento vai trazer ao Brasil delegações de 206 países e mais de 100 chefes de Estado. Trinta e nove aeroportos estarão envolvidos na operação especial do setor, todos localizados nas cidades-sede ou a até 200 km delas.
A Secretaria de Aviação estima que 4 mil são atletas paraolímpicos, reforçando o desafio da acessibilidade nos aeroportos brasileiros. Em torno de 2.200 controladores de voo já receberam treinamento específico para o evento e mais de 1 mil vagas extras serão criadas nos pátios dos terminais para estacionamento de aeronaves no período. “A experiência que o Brasil e nossas instituições ganharam realizando grandes eventos não pode ser desprezada. Isso deriva de um planejamento integrado dos órgãos do setor na Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). A troca rápida de informações entre os órgãos é o segredo para o sucesso”, avalia Ramalho.
MANUAL DE PLANEJAMENTO – Em setembro de 2015, a Secretaria de Aviação da Presidência da República lançou o Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil – Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cartilha técnica para padronizar a operação dos 39 aeroportos (entre prioritários, monitorados e de apoio) que atenderão à principal demanda do megaevento esportivo.
A cartilha define normas, procedimentos e fluxos de gestão e operação para áreas como Segurança e Defesa, Recursos Humanos e Treinamento, Melhorias de Conforto, Acessibilidade, Gerenciamento de Infraestrutura e Capacidade. Todos os terminais incluídos no planejamento estão localizados nas cidades-sede do evento e a uma distância máxima de 200 quilômetros delas.
O governo federal vai monitorar toda a operação da Rio2016 a partir de uma sala de comando e controle integrados, instalada dentro do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), pertencente ao Comando da Aeronáutica e subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no Rio de Janeiro (RJ). A Sala Master funcionará de 20 de julho a 24 de setembro, 24 horas por dia, com representantes de todos os órgãos públicos, companhias aéreas e gestores envolvidos na operação aeroportuária brasileira para o evento.
Fonte: ANAC 20/04/2016