Infraestrutura

Aviação Geral em Guarulhos decola com profissionalismo

A GRUAirport investiu na construção do terminal 3 e na modernização dos demais terminais, realizando obras de infraestrutura no sistema de pistas e pátios, porém este escopo inicial tinha como foco a aviação regular.  Sentindo a necessidade de prover a aviação geral com melhores serviços e infraestrutura, a GRU realizou em 2017 um processo licitatório do qual a vencedora do certame foi o grupo GATGRU.

No final de outubro do ano passado, o Consórcio formado pela CFLY e JETEX celebraram o contrato entre a GRU Airport e a GATGRU, voltado para a aviação geral.

O contrato, dividido em algumas fases, tem a finalidade de disponibilizar maior qualidade de alguns serviços assim que as melhorias ficarem prontas, sem ter que aguardar a execução completa do processo.

A fase atual contempla a Hangaragem a Céu Aberto (adensamento de pátio). Esta refere-se à hangaragem de aeronaves, possibilitando que estas fiquem no solo acima do previsto anteriormente, que era no máximo de 2 ou 3 horas, dependendo da aeronave chegar de uma origem nacional ou internacional.

Antes da oferta desse serviço havia falta de espaço para a Aviação Geral em Guarulhos. As aeronaves dessa categoria tinham restrição de tempo para ficar no pátio e, por este motivo, tinham que se deslocar para um outro aeroporto e depois voltar para buscar o passageiro. 

O HCA permite atender às necessidades dos clientes em uma maior permanência no Aeroporto de Guarulhos, contribuindo ainda no aumento dos níveis de segurança de voo, visto que uma tripulação depois de uma longa jornada não precise retirar o avião do pátio em no máximo 3 horas.  Assim, os custos operacionais relativos ao deslocamento das aeronaves para outro aeroporto de pernoite também foi reduzido.  Outro benefício a ser observado é a redução do movimento aéreo na TMA SP e no aeroporto, pois não há a decolagem e o pouso de retorno após o deslocamento para outro aeroporto.

A próxima fase – já iniciada – refere-se à construção do terminal temporário, cujo layout já foi aprovado pelas autoridades aeroportuárias, e terá as suas obras iniciadas em breve, com previsão de soft opening do terminal para dezembro deste ano.  A inauguração está prevista para o início do próximo ano.

São planejados inicialmente 12 meses de testes para descobrir eventuais melhorias para o projeto definitivo, a exemplo do que existe nos maiores aeroportos internacionais do mundo.

O GAT visa o processamento de passageiros da Aviação Geral, Asa Rotativa e “passageiros críticos”, em local determinado.

Segundo Francisco Lyra, sócio diretor da CFLY, a Aviação Geral é um complemento da Aviação Regular no país, pois consegue capilarizar o serviço de transporte aéreo a mais de 623 destinos contra os 153 atendidos pela Aviação Regular, sendo um fator contribuinte para o desenvolvimento econômico e atendimento das necessidades do transporte aéreo de um país continental como o Brasil.  Neste contexto o GATGRU contribui com a elevação do nível dos serviços prestados a passageiros e tripulantes, sendo o primeiro terminal do país que disponibilizará padrões internacionais desses serviços.

Para o executivo, o Brasil necessita que sejam formuladas políticas públicas estimulando a conectividade e a mobilidade dos usuários do transporte aéreo, já que a aviação é indutora do desenvolvimento e o seu potencial é voltado para a geração de oportunidades de negócios, emprego e renda. A partir do momento que há essa conectividade, há também o estímulo ao desenvolvimento da atividade econômica pelos usuários que transitam no terminal da Aviação Geral para realizar negócios. 

Outro ponto a ser considerado é que o GATGRU contribui para que os objetivos da concessão do aeroporto internacional de Guarulhos – que é prestar um serviço mais eficiente à sociedade – seja aplicado também aos usuários da Aviação Geral.

Simultaneamente ao início das operações no pátio, foi iniciado o processo de construção do novo heliponto de Guarulhos, já tendo as suas fases de desenho e topografia completados, sendo encaminhados para aprovação à ANAC e ao Serviço Regional de Proteção ao Voo (SRPV-SP).

Fonte: VoeNews 23/08/2018

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