Aeroporto Afonso Pena recupera o fôlego
Número de passageiros, pousos e decolagens teve alta no terminal da RMC, que possui uma das tarifas mais baixas do País.
Após registrar em 2016 o pior ano de sua história recente em termos de movimento de aeronaves e de passageiros, o Aeroporto Internacional Afonso Pena, localizado em São José dos Pinhais, começou a esboçar uma reação no ano que passou. De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o movimento de aeronaves, após cinco anos consecutivos em queda, registrou alta de 1,6% em 2017, saltando de 66.386 aeronaves para 67.457, com 33.731 pousos e 33.726 decolagens. Ainda assim, o número está bem distante do período pré-crise econômica, quando 88.909 aeronaves chegaram a passar pelo aeroporto em apenas um ano, em 2012.
Já o movimento de passageiros, que desde 2014 vinha caindo, cresceu 5,3%, com um total de 6,7 milhões de passageiros, fruto de 3,4 milhões de embarques e 3,3 milhões de desembarques. O número praticamente iguala o dado registrado em 2013, mas mantém-se distante do que fora verificado no ano da Copa do Mundo, quando 7,4 milhões de passageiros embarcaram ou desembarcaram no terminal da RMC.
Com tais dados, o Aeroporto Afonso Pena consolida-se como o sexto com maior movimento de passageiros do país, tendo sido responsável por 6,2% dos 109 milhões de embarques e desembarques registrados nos aeroportos controlados pela Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuária (Infraero) em 2017. Quanto ao movimento de aeronaves, ficou em 6º lugar, respondendo por 4,4% dos 1,6 milhões de pousos e decolagens.
Preços mais baixos
Um dos fatores que podem ajudar a explicar a retomada do setor aéreo é a tarifa aérea média doméstica real. Desde 2011, ainda segundo informações da Anac, o valor no Paraná teve um aumento de 0,2%, passando de R$ 332,62 (a segunda menor tarifa do país em 2011) para R$ 333,30 no ano passado (a quinta mais barata do Brasil). Para se ter noção do que isso representa, a inflação (IPCA) acumulada no período foi de 44,57%.
O leve aumento no preço da passagem no Paraná, contudo, destoa da queda registrada no Brasil como um todo, que em 2017 viu a tarifa atingir seu menor patamar na série histórica, em R$ 357,16.
Transporte de carga aérea e Correios também registraram avanço
Além do movimento de passageiros e de aeronaves, o Aeroporto Afonso Pena também viu aumentar o movimento de cargas. Ao longo de 2017, 33.798 toneladas de carga aéreas e Correios passaram pelo Aeroporto Afonso Pena, uma alta de 10,8% na comparação com 2017, quando haviam sido transportados (entre carga, descarga e trânsito) 30.504 toneladas.
Assim, o aeroporto registra seu melhor resultado desde 2014, quando 39.320 toneladas de carga passaram pelo terminal da RMC. De toda forma, o resultado ainda está longe dos ‘tempos áureos’ – em 2012, 51.732 toneladas de carga haviam passado pelo aeroporto.
Fonte: Bem Paraná 04/04/2018