Ações sustentáveis em aeroportos reduzem danos ao meio ambiente
Reuso de água, coleta seletiva, energia movida a gás natural e troca de lâmpadas tradicionais por modelos mais econômicos são algumas das apostas sustentáveis implantadas pelos aeroportos brasileiros nos últimos anos. Serviços cada vez mais ecologicamente corretos e economicamente viáveis estão na pauta da infraestrutura aeroportuária do País.
“Seguindo a tendência mundial de investir em fontes renováveis de energia e em gestão eficiente de água, entre outras ações, o investimento em tecnologias verdes também tem seu viés econômico. A economia feita ao longo dos anos com energia e água, por exemplo, pode ser decisiva na elaboração de um projeto”, destaca o ministro da Aviação, Guilherme Ramalho.
Terminais regionais como os de Uberaba (MG), Imperatriz (BA) e Carajás/Parauapebas (PA) instalaram lâmpadas LED com o objetivo de melhorar a eficiência energética, já que o produto gera uma economia de energia de cerca de 75%, além de ser 95% reciclável. No aeroporto mais movimentado do País, em Guarulhos (SP), foram substituídas mais de 1500 lâmpadas halógenas por iluminação de LED em todo o sistema de pistas do aeroporto.
As estratégias de reuso de água também estão presentes em diversos terminais brasileiros. Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Cruzeiro do Sul (AC), Porto Alegre (RS), Uruguaiana (RS), São José dos Campos (SP), Juazeiro do Norte (CE), Guarulhos (SP) e Campina Grande (PB), entre outros, já implantaram coletores de água de chuva, alguns por meio dos Carros ContraIncêndio (CCI), doados pela Secretaria de Aviação da Presidência da República e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
O telhado do terminal Santos Dumont, por exemplo, é um imenso coletor de água com quase 10 mil metros quadrados e com capacidade de 1 milhão de litros de água da chuva, quantidade suficiente para suprir a demanda dos banheiros do aeroporto durante 37 dias. São 53 mil litros por dia. Essa economia equivale ao abastecimento diário de, por exemplo, 440 famílias com consumo médio de 120 litros de água cada uma.
A Secretaria de Aviação da Presidência da República, juntamente com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero, tem reforçado a aplicação de projetos sustentáveis por parte dos terminais e companhias aéreas no País. Em parceria com a Anac, a Secretaria está reformulando o Plano de Ação para a redução das emissões de gases de efeito estufa da aviação civil brasileira. No documento, há estudos que medem o nível dos gases emitidos pelo setor e as medidas que devem ser implementadas para diminuir esses danos ao meio ambiente. A GRU Airport, concessionária de Guarulhos, já enviou à Secretaria de Aviação o seu planejamento para mitigar a emissão de gases do efeito estufa no terminal, seguindo as recomendações do Plano de Ação.
No Galeão, são reutilizadas cerca de oito toneladas de resíduo por dia no terminal, que pretende investir neste ano R$ 12 milhões em projetos de sustentabilidade. A intenção é conquistar uma redução de 10% de consumo energético, com perspectiva de chegar a 20% até 2025. Novas ações sustentáveis também estão sendo planejadas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que acontecem entre 5 de agosto a 18 de setembro.
O terminal Zumbi dos Palmares, em Maceió (AL), também é referência. Projetado com a tecnologia de eficiência energética de cogeração, possui geradores movidos a gás natural que fornecem energia elétrica para todo o aeroporto. Congonhas (SP) também já faz uso da mesma estrutura sustentável em seus terminais.
A Infraero também adota a política, junto aos operadores aeroportuários, de conscientização para o uso cada vez mais crescente das chamadas tecnologias verdes, por meio do Plano de Controle Ambiental de Obras (PCAO). O Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil, levantamento completo feito pela Anac, é outra importante ferramenta de gestão ambiental capaz de detalhar a evolução das emissões de gases poluentes ao longo dos últimos anos pelo setor.
EM DESENVOLVIMENTO – Intitulado de “Bioplanet”, o projeto do Aeroporto Internacional de Guarulhos promete transformar óleos e gorduras residuais (OGR) em Biodiesel, que será utilizado como combustível pelos ônibus que transportam passageiros no terminal. Em fase de desenvolvimento, a ação, além de contribuir para a diminuição de resíduos jogados no meio ambiente, pretende beneficiar a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Guarulhos (Coop-Reciclável). A associação ficará responsável pela coleta dos OGR nos diversos Ecopontos e PEVs (Ponto de Entrega Voluntária) que o projeto pretende instalar, além da própria coleta porta a porta. A concessionária prepara o calendário de implementação do projeto.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Secretaria de Aviação da Presidência da República (01/03/2016)