A importância do Ground Handling na redução de custos
Os Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo ou Ground Handling, responsável por 42 mil empregos diretos e fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor, será um dos temas apresentados no IBAS – International Brazil Air Show 2019.
O crescimento da aviação exige que a cadeia de fornecedores também se prepare para este desafio, por meio de investimentos em equipamentos e mão de obra especializada para atender a crescente demanda, dando ênfase para a qualidade e preços competitivos. Nesse sentido, as empresas de ground handling exercem um papel fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor, atendendo atualmente 40% dos voos no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (ABESATA).
A média mundial para as atividades das empresas de Esatas, segundo a ABESATA, é de 50%, demonstrando que o País está no caminho certo para atingir a marca. No comparativo com maio de 2016 e dezembro de 20 18, observa-se alta de 30% no segmento. O Brasil conta com 120 empresas de Esatas que, juntas, são responsáveis por gerar mais de 42 mil empregos diretos. Serviços como voltados para transporte de bagagens, limpeza de aeronaves, inspeções de segurança, raio X, check-in, abastecimento, transporte e suporte para tripulação, entre outras atividades, fazem parte das atividades das empresas de ground handling.
De acordo com o presidente da ABESATA, Ricardo Aparecido Miguel, a expansão das Empresas de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo – ESATAs – nos últimos anos tem sido muito significativa. Tanto que atraiu os principais players mundiais do setor e hoje temos no país empresas de capital árabe, francês, norte-americano e chinês.
“A privatização dos aeroportos impulsionou o setor, pois os serviços em solo podem ser realizados por companhias aéreas (internalizados), operadores aeroportuários (raio x, inspeção de bagagem e outros) ou pelas Esatas. Com os investimentos feitos em alguns aeroportos, aumentou a demanda por serviços auxiliares também e os novos administradores enxergaram rapidamente as vantagens na contratação das Esatas. Em alguns aeroportos de grande porte no Brasil, quase 100% dos serviços auxiliares são prestados pelas Esatas”, cita.
Miguel destaca ainda que, nos últimos anos, o segmento de ground handling ganhou espaço e passou a fazer parte dos principais comitês e grupos responsáveis pela aviação brasileira. Ao mesmo tempo, se aproximou das concessionárias aeroportuárias, depois do processo de privatização, e adotou como prática a chamada Tomada de Decisão Colaborativa, conceito mundialmente conhecido que prevê que no sítio aeroportuário as decisões sejam tomadas levando em conta todas as partes envolvidas na operação – aeroporto, companhia aéreas e nós do handling. “Estamos vendo o Brasil se aproximar dos padrões internacionais e delegar os serviços em solo a empresas especializadas. O ganho de escala de uma Esata, ao atender mais de uma companhia aérea com o mesmo time e os mesmos equipamentos, é enorme, representa redução de custos fundamental para a indústria da aviação”, conclui o presidente da ABESATA.
Para o diretor de operações aeroportuárias do Gru Airport, Cmte Miguel Dau, as empresas de ground handling são uma das variáveis mais importantes na eficiência das operações aeroportuárias, refletindo na rapidez de todas as práticas do Gru Airport. “Os investimentos das companhias aéreas em eficiência, por exemplo, não adiantariam se os serviços auxiliares não funcionassem como se deve. Atualmente, o Gru Airport conta com 40 empresas desse setor e exigimos um padrão mínimo de capacitação e de infraestrutura para operar, resultando cada vez mais na melhoria dos serviços”, disse.
Durante o IBAS – International Brazil Air Show 2019, será apresentado como as empresas de ground handling podem contribuir para o crescimento da aviação no Brasil.
Fonte: Brazil Air Show 18/07/2019