Versão civil do Hercules recebe certificado de tipo
A Lockheed Martin obteve a certificação de atualização de projeto de tipo da FAA para o cargueiro LM-100J, a versão civil do C-130J Super Hercules. Essa certificação FAA específica permite que o LM-100J voar em empresas aéreas do redor do mundo.
Em 2014, a Lockheed Martin anunciou que atualizaria seu certificado de tipo FAA A1SO existente para que o Modelo L-382J fosse comercializado como LM-100J, uma variante de produção com certificação civil do C-130J Super Hercules. A fabricante norte-americana pretende assim retomar o mercado de cargueiros civis de até 25 toneladas, com capacidade de operar em regiões isoladas e em aeroportos com pouca infraestrutura.
Entre 1964 e 1992 a Lockheed comercializou o L-100, derivado das primeiras gerações do C-130, mas que obteve limitado êxito comercial, com pouco mais de cem aeronaves vendidas. O novo LM-100J também está sendo oferecido a forças armadas que necessitam apenas de um cargueiro tático, sem a necessidade de todos os recursos e sistemas da versão militar.
O LM-100J é a versão modernizada do cargueiro Lockheed Martin L-100 (Lockheed Modelo 382), que recebeu uma série de mudanças de projeto selecionadas, sendo capaz de transportar cargas dentro de requisitos de missões especializadas, em especial de grandes dimensões.
Em relação aos veteranos L-100 originais, o LM-100J oferece até 14% de economia de combustível e 20% de melhoria na capacidade de carga. Assim como agrega novo relatório automatizado de falhas de manutenção e novas suíte de aviônicos, que inclui Hed-Up Display (HUD) que melhora consideravelmente a consciência situacional. A aeronave também é compatível com CNS/ATM e o sistema de transporte aéreo Next Generation da FAA. A Lockheed Martin ainda oferece recursos de treinamento com simulador de nível D configurável e certificado pela FAA.
De acordo com o fabricante, a Pallas Aviation deverá receber os dois primeiros LM-100J em 2020, se tornando cliente de lançamento do modelo. Em 2016 a Lockheed Martin afirmou que havia um acordo de venda para dez aeronaves do tipo para a desconhecida brasileira Bravo.
Fonte: Aero Magazine 20/11/2019
