Azul planeja elevar 13 % da capacidade operacional em 2017
Azul: o documento também traz projeções relativas à evolução da frota da companhia até 2020 (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia)
A Azul planeja elevar sua capacidade operacional em 2017, medida em termos de assentos-quilômetro disponíveis (ASK), em aproximadamente 13% em relação à 2016, de acordo com informações contidas no prospecto preliminar da oferta de ações protocolado nesta terça-feira, 7, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A estimativa, segundo a empresa, tem como base a introdução de 10 aeronaves Airbus 320neo na frota – esse modelo possui 56 assentos a mais que os aviões Embraer E195, que constituem a maior parte das aeronaves atualmente operadas pela Azul.
O documento também traz projeções relativas à evolução da frota da companhia até 2020. Segundo o prospecto, a Azul encerrou o ano de 2016 com 123 aviões, sendo 74 E-Jets da Embraer, 35 ATRs, 5 Airbus A320neo e 5 Airbus A330. Em 2017, a empresa estima que contará com uma frota de 121 aeronaves, sendo 60 E-Jets, 35 ATRs, 10 A320neo e 7 A330.
Para 2018, o número de aviões deverá pular para 128 (69 E-Jets, 35 ATRs, 17 A320neo e 7 A330) e, em 2019, deverá chegar a 139 (69 E-Jets, 38 ATRs, 25 A320neo e 7 A330). Para 2020, a Azul projeta uma frota de 151 aviões (69 E-Jets, 40 ATRs, 35 A320neo e 7 A330).
Segundo a empresa, o aumento no número de A320neo e da frota como um todo parte da premissa de que a demanda por parte dos passageiros nos mercados de atuação da empresa irá aumentar em razão da melhor perspectiva macroeconômica para o Brasil nos próximos anos.
“Ainda, acreditamos que há uma forte oportunidade de crescimento em rotas que não atuamos ou que são menos atendidas entre cidades grandes, médias ou regionais no Brasil”, diz a companhia.
TudoAzul
O prospecto ainda afirma que a companhia espera um crescimento “de mais de um milhão de membros” em 2017 no TudoAzul, programa de fidelidade da empresa – o número representa um aumento de 20% em relação a 2016.
Segundo a Azul, o crescimento será impulsionado por um número maior de parceiros e o lançamento de novos produtos.
A empresa também avalia que o aumento no tráfego de passageiros, o maior uso de cartões de crédito pela população brasileira e a maior conscientização sobre o setor de fidelidade contribuirão para a evolução na base de usuários do TudoAzul.
A Azul encerrou o ano de 2016 com um prejuízo líquido de R$ 126,3 milhões, montante 88,2% menor que a perda de R$ 1,074 bilhão registrada em 2015.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 778,8 milhões, revertendo o resultado do ano anterior, quando o Ebitda ficou negativo em R$ 449,1 milhões.
Fonte: Exame 08/02/2017