Aéreas ganham "briga" com Receita Federal sobre tributo zero
As companhias aéreas comemoram nesta sessão, após ganharem uma “briga” com a Receita Federal para excluir o setor aéreo do aumento de impostos ocasionado pela decisão do governo federal de incluir a Irlanda na lista de países considerados paraísos fiscais. Pelos cálculos do Bradesco BBI, a ação da Gol (GOLL4) poderia ser penalizada em R$ 1,40 sem essa isenção.
“Vemos essa isenção fiscal para as companhias aéreas brasileiras como positivo. Sem isso, o impacto sobre a ação da Gol teria sido de R$ 1,40, ou cerca de R$ 480 milhões para 2017 e 2018”, comentaram os analistas do banco.
Com a notícia, as ações da companhia subiam 3,14% às 11h33 (horário de Brasília), a R$ 6,57, após atingirem alta de até 4,40%, a R$ 6,65, nesta sessão. Em função do temor de que a Receita Federal não acatasse o pedido da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), de excluir o setor aéreo, a ação da Gol caiu 17% nos últimos 17 pregões.
A preocupação vem desde o mês passado, quando a Abear pediu à Receita Federal que excluísse o setor aéreo da tributação, estimando uma despesa adicional para as aéreas brasileiras de cerca de R$ 1 bilhão por ano com a medida, uma vez que a frota das quatro maiores aéreas nacionais reúne pouco mais de 500 aviões, dos quais cerca de 250 são alugados de empresas sediadas na Irlanda. A decisão de incluir a Irlanda na lista de paraísos fiscais, além de Curaçao e São Martinho, elevaria para 25% a alíquota de imposto pago pelas companhias aéreas sobre o valor dos aluguéis das aeronaves.
Fonte: Infomoney 04/10/2016