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GOL consegue R$5 bilhões emprestado para consertar aeronaves paradas

Em Recuperação Judicial nos EUA, a GOL quer financiar a operação para consertar 20 jatos Boeing 737 que estão parados

A GOL Linhas Aéreas está em busca de recursos adicionais junto aos arrendadores de suas aeronaves para custear reparos nos motores, conforme informações de fontes familiarizadas com a situação, e esclareceu que o montante não será somente destinado à manutenção dos jatos.

Atualmente, pelo menos 20 das 140 aeronaves da frota da companhia encontram-se fora de operação devido à necessidade de reparos nos motores, relataram as fontes à Folha de São Paulo, que preferiram manter o anonimato devido à natureza confidencial das discussões.

Estima-se que o montante para revisão dos motores das aeronaves paralisadas seja cerca de US$1 bilhão (R$5 bi) ao longo de três anos, segundo uma das fontes. Os jatos que precisam passar por manutenção estão, em sua maioria, no Aeroporto Internacional de Confins, onde a GOL tem um Centro de Manutenção, sendo dos modelos Boeing 737-700 e 737-800.

Uma parte significativa dos custos para a reforma das aeronaves será suportada por meio de um empréstimo conhecido como DIP (“debtor-in-possession”), no valor de US$950 milhões. Simultaneamente, a Gol está buscando auxílio dos arrendadores para cobrir a maior parte desses gastos, além de solicitar que estes convertam dívidas antigas em capital.

A AerCap, uma das arrendadoras da GOL, já deu para a companhia um prazo maior para renegociar o débito do leasing de 39 jatos Boeing 737-700, 737-800 e MAX 8.

Embora as negociações ainda estejam em estágios iniciais, os arrendadores como a AerCap se demonstram dispostos em cooperar com a GOL, dado que se não fizerem isso, terão que pedir a volta das aeronaves e arcar por conta própria com a manutenção antes de poder disponibiliza-las para outra companhia aérea.

A companhia já obteve um financiamento de US$ 950 milhões por meio do DIP para manter suas operações durante o processo de reorganização, concedido pelos credores de sua controladora, a Abra, que inclui fundos como o Elliott.

Em nota oficial a GOL informou que “o financiamento, juntamente com o caixa gerado pelas operações em curso, fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações, que seguem normalmente, durante o processo de reestruturação financeira.”

Fonte
AeroIn

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