A demanda global por novos jatos executivos deve permanecer forte na próxima década, disse ontem (15), a fabricante de componentes e motores Honeywell, em sua projeção anual para o mercado de aviação de negócios.
Para os próximos dez anos, a Honeywell estima que até 8.500 novos jatos executivos serão entregues entre os anos de 2024 a 2033, mantendo a previsão anterior divulgada no ano passado em seu relatório Global Business Aviation Outlook.
Embora o número de entregas tenha permanecido estável, os valores das vendas devem crescer US$ 4 bilhões, para US$ 278 bilhões.
A pesquisa aponta que os planos de compra de cinco anos para novos jatos executivos aumentaram 2% na comparação anual, superando os níveis de 2019. A frota em 2023 quase triplicou em relação a média da década anterior a 2020.
Estima-se que as entregas de novos jatos executivos em 2024 sejam 10% maiores do que em 2023, enquanto os gastos no segemento devem apresentar alta de 13%.
Impulsionada pela procura por voos prividados durante a crise sanitária, o mercado atraiu novos clientes e compradores.
De acordo com os entrevistados do levantamento, dois terços dos usuários do segmento esperam voar da mesma forma em 2024 em comparação com 2023; 29% esperam voar mais e apenas 7% esperam utilizar menos o serviço.
As aeronaves de grande porte, longo alcance e ultralongo alcance devem representar cerca de 69% dos valores gastos com a aquisição de novos jatos executivos nos próximos cinco anos.
A entrega de jatos será liderada pelo mercado norte-americano, com o equivalente a 64% das entregas em cinco anos, seguido pelo operadores europeus que representarão 14%, um ponto percentual abaixo da perspectiva anterior.
A região que considera os países do Oriente Médio e África apresentou o maior crescimento em 2023, e representará cerca de 6% das vendas do segmento. Já os clientes da Ásia-Pacífico devem fechar a compra de 11% dos aviões de negócios no intervalo de cinco anos, sendo o segundo maior mercado em crescimento durante este ano.
Diante das condições econômicas apontadas pela pesquisa, a América Latina é a região mais pessimista. Os operadores da região devem deter 5% do total das vendas globais, reduzindo em dois pontos percentuais a participação quando comparado a 2022.
A compra de aviões usados totaliza 27% da frota atual, enquanto o número de aeronaves de segunda mão estocadas para a venda verá um leve aumento em 2023.
Fonte: Aero Magazine 16/10/2023