Mesmo antes das regras entrarem em vigor, de fato, as restrições no Santos Dumont não tiveram o efeito esperado no Galeão e o governo deverá revê-las. Como o AEROIN adiantou, a restrição de 400 km nos destinos, desde que operem apenas com voos não internacionais, virtualmente restringiu as operações apenas a Congonhas, na capital paulista.
A própria Azul Linhas Aéreas tem anunciado em suas redes sociais que terá apenas os voos na Ponte Aérea no aeroporto central carioca. A LATAM sinalizou o mesmo e a GOL ainda não confirmou se manterá voos para Vitória, que, a depender do cálculo, pode estar fora ou dentro da regra dos 400 km, gerando protesto por parte dos políticos capixabas.
No geral, o Rio, somados Galeão e Santos Dumont, teve uma perda de rotas e voos diretos após o anúncio da restrição por quilometragem e isto agora estaria levando o novo Ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, a rever a regra, que não levou critérios técnicos e foi duramente criticada por associações do setor.
O Ministro informou hoje à Folha de São Paulo que “poderia ser um bom caminho a gente limitar o número de voos e liberar a questão do raio para poder ampliar a aviação regional.”
O plano do governo é que em 15 dias a nova regra já seja definida, para diminuir um pouco a insegurança jurídica e permitir um planejamento definitivo pelas companhias aéreas. Existe também a pressão política para que o Santos Dumont não perca voos para Brasília visando atender uma demanda dos congressistas fluminenses.
Fonte: AeroIn 23/10/2023