A Boeing apresentou uma solicitação ao Departamento de Controle Ambiental da Carolina do Sul para aumentar a produção do seu 787 Dreamliner. Essa solicitação faz parte de um esforço para dobrar a produção mensal de sua planta de montagem em North Charleston, passando das atuais sete unidades para 14 Dreamliners, segundo informa o portal Aviacionline.
A solicitação regulatória é considerada uma revisão menos complexa e espera-se que receba aprovação nos próximos meses. O objetivo desta aplicação é alinhar a capacidade de produção do edifício de montagem com outras estruturas em North Charleston, que já estão autorizadas a produzir até 14 aviões por mês.
A apresentação destaca a ambição da Boeing não apenas de atender, mas de superar sua meta anteriormente anunciada de aumentar a produção para 10 unidades por mês até 2025 e 2026. Até 30 de novembro, a Boeing tinha 744 pedidos pendentes de entrega do 787, incluindo acordos recentes com grandes companhias aéreas como United Airlines, Saudia Airlines e Riyadh Air.
Um elemento fundamental para alcançar esse aumento na taxa de produção é a estratégia de distribuição de turnos de trabalho da Boeing na planta de Charleston. De acordo com uma análise detalhada realizada pela Leeham News & Analysis, a força de trabalho da Boeing em Charleston é distribuída em três turnos, sendo os segundos e terceiros turnos menos dotados de pessoal em comparação com o turno diurno.
Ao preencher totalmente esses turnos, a Boeing poderia efetivamente aumentar a produção da planta para 10,5 aviões por mês, mesmo dentro dos limites atuais. Além disso, considerando uma possível mudança com a inclusão do 6º dia de trabalho, a empresa poderia adicionar turnos e maximizar a eficiência da produção.
Esse ajuste do sistema proporcionaria 25,08 dias de produção por mês, o que potencialmente permitiria a produção de até 12,5 aviões por mês sem a necessidade de construção adicional no edifício 80-33.
Junto com essa estratégia de turnos, os planos de expansão da Boeing na planta de North Charleston incluem a construção de uma plataforma adicional ao longo da linha de produção. Esta plataforma adicional aumentaria a capacidade de estacionamento para os Dreamliners já concluídos, podendo dar maior fluidez na linha de produção.
Todas essas otimizações poderiam levar finalmente aos tão esperados 14 aviões produzidos por mês, permitindo que a empresa atenda aos pedidos pendentes e libere espaço para mais pedidos ou novos projetos.
