A crise da Boeing na aviação comercial continuou a se aprofundar em maio, com entregas abaixo do esperado e poucas encomendas.
A fabricante dos EUA conseguiu entregar apenas 24 aeronaves no mês passado, mesmo número de abril, mas menos da metade do total de maio de 2023 (quando entregou 50 jatos).
A despeito disso, foram enviados aos clientes 19 737 MAX, três a mais que em abril, porém, 16 jatos a menos que no mesmo mês de 2023.
No acumulado de 2024, a Boeing entregou 131 jatos comerciais, 36,4% menos do que de janeiro a maio de 2023 (206 aeronaves).
O 737 MAX responde por 77% das entregas e acumula uma queda no ano de 38%. Os widebodies 787 também não estão se saindo bem, com apenas 19 entregas ou 24% do que no ano passado.
Em percentual, no entanto, a maior queda é nos cargueiros, com apenas seis jatos entregues contra 14 em 2023 (-57%). Apenas os aviões militares derivados de modelos civis cresceram, de quatro para cinco aeronaves.
Em meio a um grande escrutínio das autoridades de aviação, a Boeing ainda não pode retomar um ritmo mais elevado de produção enquanto não comprovar que corrigiu as falhas que levaram a vários problemas de qualidade e segurança.
Encomendas pífias
As vendas de aeronaves comerciais também decepcionaram, com apenas um contrato fechado. A Eva Air de Taiwan adquiriu quatro 787-10 Dreamliners.
Apesar disso, há esperança de novos anúncios nos próximos meses, com a realização do Farnborough Airshow no final de julho.
As ações da Boeing caíram 2,43% na terça-feira, após a divulgação dos resultados de maio.