A aviação brasileira registrou uma média mensal de 30 mil pousos e decolagens de voos executivos até outubro de 2022, alta de 40% em comparação ao mesmo período de 2020, e um crescimento de 15% em relação ao mesmo mês de 2019, pré-crise sanitária, de acordo com o mais recente relatório da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag).

Até outubro de 2022, foram registrados 315 mil pousos e decolagens no segmento de aviação executiva, a expectativa é que as operações superem os 350 mil voos realizados em todo o ano de 2021.

A frota da aviação de negócios, pelo terceiro ano consecutivo, a frota de jatos privados no país registra aumento. Em 2020 eram 688 aeronaves desse tipo operando, em 2021 aumentou para 728 e até outubro de 2022 eram 780 jatos em operação.

Cerca de 90% da frota nacional de aeronaves pertence à aviação geral e mais quatro mil pontos de pouso e decolagem no Brasil são dedicados a aviação de negócios. Para comparação pouco mais de 100 aeroportos no país são atendidos pela aviação comercial, sendo que dos 5.500 municípios brasileiros, apenas 130 recebem voos comerciais.

“Empresários e personalidades que fogem da lotação nos aeroportos públicos, ou que buscam por horários mais flexíveis e rotas não atendidas pelas grandes companhias áreas. Houve também nos últimos anos uma maior procura por serviços aéreos especializados como as UTIs áreas ou até mesmo um maior uso do modal aéreo como forma mais eficiente para transporte de cargas”, comenta Rodrigo Neiva, diretor comercial do Antares Polo Aeronáutico, aeroporto executivo em construção em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia.

Com investimento de R$ 100 milhões, o empreendimento terá sua primeira etapa, de 5, entregue em 2024. O novo aeroporto promete absorver boa parte das operações de voos executivos do Centro-Oeste, região brasileira que possui a segunda maior frota de aeronaves privadas.

Fonte: Aero Magazine 27/01/2023