Nesta semana, a empresa britânica ZeroAvia recebeu o sinal verde da autoridade local para realizar os primeiros voos de teste de seu avião demonstrador elétrico movido por hidrogênio. No entanto, ela não estava sozinha no noticiário, já que outra companhia, a Universal Hydrogen, também deu uma atualização na mesma linha.

Enquanto a ZeroAvia se prepara para decolar com o Dornier 228 modificado, a Universal Hydrogen disse que praticamente concluiu os testes de solo com seu trem de força, instalado num avião regional Dash 8-300. Tudo isso indica que 2023 deve ser o ano marcante do primeiro voo desses dois projetos inovadores.

Cabe ressaltar, no entanto, que ambos os projetos estão atrasados em relação ao projeto original, que previa seus primeiros voos ainda no ano de 2022.

O plano de negócios da Universal Hydrogen prevê que ela seja participe de todo o ecossistema de aviação sustentável do futuro, não apenas instalando os trens de força no lugar dos tradicionais motores a combustão, mas também fornecendo o combustível e cuidando de toda sua cadeia logística.

A proposta da companhia é oferecer serviços de combustível de hidrogênio para aeroportos usando uma tecnologia de cápsula modular que permite o transporte e manuseio de hidrogênio usando um rede intermodal e equipamentos de movimentação de carga.

Isso eliminaria a necessidade de atualizações caras e demoradas da infraestrutura aeroportuária e torna quase todos os aeroportos do mundo prontos para o hidrogênio. Sabendo o potencial de escala que isso representa, o projeto atraiu a atenção de diversos investidores de peso.

A expectativa é que a Universal Hydrogen comece a entregar turboélices ATR 72 e ATR 42 convertidos de 70 lugares em 2025 sob um Certificado Suplementar de Tipo emitido pela FAA. Ela também pretende produzir versões movidas a hidrogênio da aeronave Dash 8 de 50 lugares.

Fonte: AeroIn 30/12/2022