A Firjan e a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) manifestaram-se contra o aumento do número de passageiros no Aeroporto Santos Dumont, alegando que isso compromete a qualidade das operações e a viabilidade do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Um ofício enviado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) propõe que o Santos Dumont volte a operar com até 10 milhões de passageiros por ano.
Segundo a Firjan e a ACRJ, a limitação do número de passageiros em até 6,5 milhões por ano no Santos Dumont, adotada em 2023, garantiu o equilíbrio econômico e a usabilidade dos dois aeroportos.
Essa medida, defendida pelo Governo do Estado, pela Prefeitura e por entidades empresariais, incluindo a Firjan e a ACRJ, resultou em mais segurança, conforto e eficiência no Santos Dumont, além de possibilitar o aumento dos voos internacionais no Galeão, restabelecendo o Rio de Janeiro como uma importante porta de entrada para o Brasil.
No primeiro semestre deste ano, o número de passageiros no Galeão cresceu 94% em comparação ao mesmo período de 2023. O transporte de cargas no aeroporto também registrou um aumento de 38%.
Um estudo da Firjan estima que a operação eficiente dos dois aeroportos tem potencial para gerar R$ 4,5 bilhões anuais para a economia do Rio de Janeiro. Tanto a Firjan quanto a ACRJ alertam que esses avanços estão ameaçados pela proposta de desfazer o acordo que visa manter o equilíbrio entre os dois aeroportos.
Em resposta, as duas instituições enviaram nesta quarta-feira, dia 18, uma carta à Secretaria Nacional de Aviação Civil, solicitando a suspensão do pedido de aumento no número de passageiros do Santos Dumont. Para elas, a manutenção do limite de 6,5 milhões de passageiros por ano nesse aeroporto é essencial para o turismo, para o ambiente de negócios e para os melhores resultados econômicos do estado e do país.
