Governo e aéreas pretendem reduzir preços das passagens
Azul, Gol e Latam anunciam medidas para reduzir os preços das passagens, plano inclui passagens com preços que variam de R$ 200 a R$ 800
O Governo federal e as companhias aéreas anunciaram ontem (18), em Brasília, as primeiras medidas para reduzir os preços das passagens, como parte de um plano para popularizar a utilização do modal.
Entre as medidas anunciadas está a oferta de passagens mais acessíveis em determinados dias da semana, a criação de cotas de trechos no valor de até R$ 800, remarcação sem custos adicionais, além do aumento da oferta e criação de voos.
A decisão de reduzir os preços de determinados voos, foi a anunciada depois de um amplo debate entre o Ministério de Porto e Aeroportos, e os CEOs das três maiores empresas aéreas do país: Azul, Gol e Latam.
A Azul se comprometeu a oferecer dez milhões de assentos por tarifas de até R$ 799, a partir de 2024, enquanto a Gol terá cerca de quinze milhões de bilhetes entre R$ 600 a R$ 800, quando adquiridas três semanas antes da data do voo.
A Latam disse que disponibilizará dez mil assentos a mais por dia, com trechos que podem ser vendidos a menos de R$ 200, além de mudanças no programa de fidelidade, que permitirá acumular pontos sem data de validade.
Em contrapartida, o governo se comprometeu com uma linha de crédito do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), programas de concessão que podem chegar a R$ 6,2 bilhões, além de R$ 5 bilhões em intervenções para estimular a aviação regional.
O alto índice de judicialização que soma cerca de R$ 1 bilhão por ano às aéreas, também será combatido pela administração federal, que promete buscar soluções com o poder judiciário para mitigar os efeitos de custos que atrapalham a oferta de novos voos.
A redução do preço de combustível está sendo discutida junto ao Ministério de Minas e Energias e com a Petrobras. As despesas com querosene de aviação (QAV) correspondem a 40% dos custos operacionais de uma companhia aérea brasileira, 10% superior a média mundial.
A disparidade junto a desvalorização do real diminui a capacidade de investimento das empresas, frente concorrentes estrangeiras e impede que o setor seja mais agressivo nas tarifas.
O mercado aéreo brasileiro encerrará os doze meses de 2023 com cerca de 115 milhões de passageiros transportados.