Tecnologia

Latam pretende usar 5% de combustível renovável até 2030

A Latam pretende usar ao menos 5% de combustível sustentável (SAF) até 2023, privilegiando as soluções produzidas na América do Sul. A empresa afirma que a substituição gradual da matriz energética faz parte da estratégia de sustentabilidade do grupo, que busca um crescimento neutro em carbono, neutralizando 50% das emissões domésticas até 2030 e alcançando a neutralidade de carbono até 2050.

A empresa sul-americana tem trabalhado com o setor para encontrar formas de reduzir a geração de poluentes e defende uma colaboração público-privada para promover a produção no continente.

“A América do Sul tem potencial para ser um líder mundial na produção de combustíveis sustentáveis e, com isso, contribuir de forma muito significativa para as ações climáticas. Para isso, é necessário que os atores públicos e privados, assim como a LATAM, colaborem e desempenhem o seu papel e ousem liderar a transição energética que o mundo exige”, afirmou Roberto Alvo, CEO Latam Airlines Group durante o evento “Wings of Change”, organizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em Santiago.

A Latam acredita que uma das vantagens do continente é ter condições naturais de oferecer uma produção limpa de combustíveis renováveis, mas destaca que a região ainda conta com um mercado imaturo e com pouca oferta.

Outro entrave apontado por Alvo é a falta de regimes regulatórios específicos, promoção da tecnologia e inovação, apoio à produção e à cadeia logística, mecanismos para diminuição dos custos, entre outros fatores.

O Brasil, por exemplo, ainda que há várias décadas conte com produção de etanol para uso no transporte automotivo, ainda conta com regras complexas, valor atrelado ao petróleo, e tributação pouco competitiva globalmente.

Atualmente, os elevados custos de produção e a imaturidade do mercado impõem grandes desafios quando se pensa no uso em massa desse tipo de combustível. A Latam destacou que às autoridades governamentais, empresas privadas, universidades e o restante das companhias aéreas devem discutir e trabalhar por uma solução conjunta.

Fonte: Aero Magazine 06/04/2022

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo