Aviação Brasileira deve ter 80 milhões de passageiros a mais em 2025
De acordo com o Secretário de Aviação Civil do Brasil, Ronei Glanzmann, a aviação brasileira deve fechar 2019 com cerca de 120 milhões de passageiros transportados.
No 16º ALTA Airline Leaders Forum, em Brasília, Glanzmann também comentou que em 2025 a aviação do Brasil deve fechar com 200 milhões de passageiros transportados em voos nacionais e internacionais, um crescimento que será possível através de três vertentes: Empresas Ultra Low Costs; Novas companhias no mercado doméstico; e companhias ultra regionais.
“Temos novos desafios, que vêm da liberação do transporte aéreo, da liberação ao capital estrangeiro e também da desregulamentação“, disse Glanzmann. “Estamos trabalhando para que operações low cost (baixo custo) cresçam. Há grande espaço de crescimento. O brasileiro, assim como o sul-americano, é muito sensível ao preço (das passagens aéreas). Mas entendemos que ainda temos espaço para redução deste preço.”
O número de destinos deve saltar da meta de 140 no final de 2019, para 200 em 2025. Atualmente, cerca de 120 cidades brasileiras estão sendo atendidas por voos comerciais, com uma meta de 140 até o final deste ano.
“Há muito espaço para crescimento no mercado brasileiro”, disse Glanzmann. “O Brasil é praticamente um continente em si e precisamos chegar a todos os cantos do país.”
O número de assentos de avião disponíveis em todo o país aumentou cerca de 35% em 10 anos, mesmo com a crise financeira dos últimos cinco anos.
O grande desafio para o Governo Brasileiro continua sendo os altos custos de operação.
Embora 17 dos 27 estados do Brasil tenham reduzido recentemente os impostos sobre combustíveis na aviação, as despesas com combustíveis ainda representam cerca de um terço das despesas operacionais das companhias aéreas brasileiras. Em comparação, as despesas com combustível, em média, representam 20-22% dos custos operacionais das companhias aéreas em todo o mundo, acrescenta.
Apesar disso, o presidente da ABEAR acredita que, como todas as companhias brasileiras estão submetidas ao mesmo mercado, esse não é um problema para novas companhias no Brasil.
“Uma empresa que começa a voar no Brasil pagará os mesmos custos que temos”, disse Eduardo Sanovicz. “Eles precisam contratar equipes, pagar impostos, enfrentar os mesmos regulamentos e terão despesas de combustível semelhantes”.
Fonte: Aeroflap 27/10/2019