Frota brasileira de aeronaves agrícolas continua em expansão
A frota brasileira de aeronaves agrícolas deverá repetir neste ano o crescimento de 3,7% registrado em 2018, amparado por preços ainda elevados das principais commodities cujas lavouras são tratadas com produtos aplicados com a ajuda de aviões.
“Esperamos crescer pelo menos o mesmo que no ano passado”, afirma Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Segundo ele, soja, algodão, cana, café, milho e trigo são as principais culturas que recorrem à aviação agrícola no país.
O crescimento alcançado em 2018 é equivalente a 79 aparelhos a mais e elevou a frota nacional para 2,2 mil unidades, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Sindag em Capão do Leão (RS), durante a Abertura da Colheita Oficial do Arroz.
O número de empresas que atua no setor também cresceu 3,7%, para 253, enquanto o número de operadores privados — agricultores ou cooperativas com aeronaves próprias — chegaram a 585 no ano passado, um aumento de 3,5%.
O Estado que registrou maior crescimento no ano passado foi Mato Grosso, com 30 novos aviões, seguido por Mato Grosso do Sul, com 11, e Goiás, com dez.
Mato Grosso permanece no topo do ranking entre os Estados com maior frota, com 494 aviões, seguido pelo Rio Grande do Sul, onde há 427 aeronaves agrícolas.
A Embraer tem 58% do mercado brasileiro de aviação agrícola com as variações do modelo Ipanema. “Mas registramos um volume expressivo de aquisição de aeronaves importadas no ano passado devido ao câmbio”, afirma Colle. Enquanto a aeronave nacional custa, em média, R$ 1,5 milhão, a importada, com maior capacidade, sai por US$ 1,5 milhão.
O Brasil possui a segunda maior frota aérea agrícola do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com 3,6 mil aeronaves.
Fonte: Valor Econômico 20/02/2019