Corridas aéreas vão se tornar mais rápidas com aviões elétricos supervelozes
Modelos devem ultrapassar os 400 km/h, voando próximos ao solo e competindo lado a lado com outras aeronaves
As corridas aéreas caminham para uma revolução com a concretização dos planos para a primeira competição exclusiva para aviões movidos a energia elétrica. As principais indústrias do setor estão sendo convidadas para se tornarem parceiros técnicos da nova categoria de esportes a motor, denominada Air Race E.
Foto: AOPA/Robert Fisher
Competições como o Reno Air Race exploram o máximo em aerodinâmica, propulsão, manobrabilidade e desempenho.
A modalidade será organizada pela Air Race Events, comandada pelo promotor de corridas aéreas, Jeff Zaltman. Ele também fundou a Copa do Mundo Air Race 1, em parceria com um grupo de personalidades deste esporte.
A Air Race E terá aeronaves elétricas disputando em circuitos fechados, voando bem próximas do solo, em velocidades superiores à de qualquer esporte a motor existente. As aeronaves classificadas como experimentais serão projetadas especificamente para corridas. O formato do regulamento deverá seguir ao adotado por modalidades existentes no automobilismo, com os aviões sendo construídos segundo normas padronizadas, incluindo performance, propulsão, entre outros.
O Air Race E terá formato similar ao já existente em outras provas aéreas, como o famoso Reno Air Race, seguindo o conceito de corrida aérea entre pilones. O sistema utiliza uma série de pilones onde os melhores pilotos no mundo competem, simultaneamente, para serem os primeiros a cruzar a linha de chegada. Oito aeronaves voam em velocidades superiores aos 215 nós (quase 400km/h) em um circuito apertado de apenas 0,8 milhas náuticas (1.481 m) de ponta-a-ponta.
A demanda por velocidade, desempenho e gestão de potência de alta competitividade é o cenário ideal para o desenvolvimento e promoção de motores elétricos mais limpos, mais rápidos e tecnologicamente mais avançados.
A aviação elétrica é uma das aéreas tecnológicas em mais rápido desenvolvimento e vista como a terceira revolução da aviação por empresas como Rolls-Royce, Airbus e Siemens. O trio também lidera o desenvolvimento técnico de aeronaves comerciais elétricas.
O Air Race E deverá ser validada por organizações formais, como a FARA (Formula Air Racing Association) e pela APAF (Association de Pilotes D’Ávions de Formules) as duas entidades que regem competições aéreas.
Fonte: Aeromagazine 09/04/2018