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China sofre com atrasos e Europa tem alta de low costs

A OAG, empresa de inteligência especializada em análise do transporte aéreo mundial, divulgou informações importantes do mercado de aviação internacional. No ano passado, cerca de 1,4 milhões de novos voos programados foram adicionados à base de dados da empresa.

Esse número equivale a cerca de 3,8 mil voos por dia. Em termos de capacidade, é cerca de 299 milhões de lugares adicionais ou 819 mil por dia – pouco mais de nove estádios Wembley completamente cheios.

Nesse cenário, o grupo fez uma análise que envolve os mercados da China e também da América do Norte e Europa Ocidental.

Confira:

CHINA

A capacidade continua crescendo na China em níveis semelhantes aos dos últimos anos, e agora o número está um pouco abaixo de 700 milhões de assentos, incluindo a rede doméstica. Esse é um aumento de cerca de 60% na capacidade nos últimos cinco anos.

O crescimento doméstico continuou forte em 2017, enquanto a capacidade internacional registrou uma redução significativa em relação aos quatro anos anteriores. O inter representou 12% de todos os assentos oferecidos com crescimento significativo da capacidade no último ano para a Malásia, Indonésia, Filipinas e Rússia, enquanto a Coreia do Sul teve redução de 22%, devido às tensões políticas.

Os principais aeroportos chineses em capacidade foram o Beijing Capital, com 60 milhões, número 1,2% maior que em 2016, o Pudong com 42,6 milhões e alta de 2%, e o Guangzhou, com 39,7 milhões e o maior acréscimo dos quatro em relação ao ano anterior com 7,4%.

A capacidade de voos domésticos foi de 599,1 milhões, uma alta de 9,3%, enquanto os voos internacionais tiveram 86,2 milhões e salto de 4,9%. No entanto, um problema difícil de ser resolvido no país é o atraso de voos, devido ao espaço aéreo ser controlado e protegido para requisitos militares “quando necessário”.

No índice de voos sem atraso (OTP, ou on-time performance, em inglês), houve uma queda de quase 40%, algo que põe em cheque se será mesmo possível o futuro crescimento da malha.

AMÉRICA DO NORTE E EUROPA OCIDENTAL

De 2008 a 2014, a capacidade entre a América do Norte e a Europa aumentou em 2%, reforçando a ideia de um mercado amadurecido, segundo a OAG. Já de 2014 a 2017, a capacidade aumentou 21%, algo que representa um novo gás de acordo com a análise.

Um dos fatores é o crescimento das vendas de aéreas low costs: 2,6 milhões de assentos de baixo custo estavam à venda em 2017, em comparação aos menos de dois mil vendidos há cinco anos. Mesmo assim, esses assentos representam apenas 5% de toda a capacidade oferecida.

A Noruega conta com mais de 1,5 milhão de lugares e participação de 53% no mercado low cost, seguida pela Wow Air (25%) com seus serviços de hub de conexão via Reykjavik e WestJet, cuja participação é de 10% nesse mercado. Nos últimos dois anos, foram adicionadas seis rotas na British Airways, 11 na Delta Air Lines, quatro na Aer Lingus, e também quatro na Virgin Atlantic, e algumas terão novos trechos em 2018.

No ano de 2017, voaram 82 companhias de baixo custo nos dois continentes, ante 56 em 2016 e apenas dez em 2013. Em relação às companhias legacy (tradicionais), foram 441 no último ano, ante 435 de 2016 e 353 em 2013.

Fonte: Panrotas 09/01/2018

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