Está aberta pesquisa de fadiga humana na aviação
Nos últimos anos, surgiram novas demandas de trabalho e exigências para os profissionais que atuam na aviação. De acordo com a ANAC, “Em dez anos, no Brasil, a quantidade de passageiros pagos, transportados no modal aéreo para cada 100 habitantes, mais do que dobrou. Em 2005, foram atendidos 26,8 passageiros e, em 2014, 58,7.” (Anuário do transporte aéreo 2014).
A complexidade e o dinamismo do cenário da aviação têm levado à necessidade de aprimorar as ferramentas de gerenciamento dos riscos envolvidos nessa atividade. Com a alta carga de trabalho envolvida, a fadiga tem sido foco de preocupação de pilotos, gestores e agências reguladoras da aviação civil, em todo o mundo.
Para aprimorar as práticas de investigação da fadiga na aviação, a Comissão Nacional da Fadiga Humana, em parceria com a fonoaudióloga Carla Vasconcelos, está desenvolvendo uma pesquisa que visa a verificar o impacto da fadiga humana de origem central sobre a fala de pilotos.
A pesquisa se baseia na comparação da leitura e da fala espontânea de pilotos em seus momentos de descanso (fala padrão) com a fala desses mesmos profissionais em dias de trabalho. Além disso, será necessário o preenchimento de pequenos questionários sobre índice de fadiga e índice de sonolência.
A partir dos resultados dessa pesquisa, será possível estabelecer um protocolo objetivo para detecção da fadiga humana do tipo central, com base nos correlatos acústicos de voz, fala e linguagem. Todos os pilotos e copilotos que atuam na aviação comercial brasileira estão convidados a participar da pesquisa e a colaborar com o aprimoramento da Segurança Operacional no sistema aeronáutico brasileiro.
Os interessados poderão se inscrever por meio do link: www.fonoaudiologiaforense-mg.com.br/new/Account/Register.aspx.
Fonte: CENIPA 07/09/2016