Infraestrutura

Iniciam-se operações na sala de comando do espaço aéreo para os jogos Rio 2016

O governo federal, em parceria com órgãos do setor de aviação civil brasileiro, passa a monitorar, a partir desta quarta-feira (20), todos os voos relacionados aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a partir da Sala Master de Comando e Controle da Aviação Civil. A área especial funcionará ininterruptamente até o dia 24 de setembro, seis dias após o encerramento da Paralimpíada. Serão 67 dias de trabalho, resultando em mais de 1.500 horas de acompanhamento de 40 aeroportos (entre prioritários, de apoio e bases aéreas) envolvidos na operação especial do setor para o evento. Até o final do período, 27 representantes de órgãos públicos, gestores e operadores aeroportuários e companhias aéreas estarão reunidos sob uma rede estratégica, coordenada e de imediata resposta para fatos e imprevistos da aviação.

O secretário executivo do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Fernando Fortes, acompanhou o primeiro dia de operações da Sala, instalada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), ao lado do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio. “A Aviação trabalha com parâmetros de máxima eficiência e são soluções de integração como essa que fazem a diferença no desempenho do setor. Considero a Sala Master um exemplo de ação compartilhada no setor público. Sem dúvida esse modelo de monitoramento contribui para manter o setor aéreo brasileiro entre os mais seguros do mundo”, afirmou Fortes.

Todos os voos e aeronaves procedentes e com destino ao Rio de Janeiro, transportando atletas, membros de delegações, chefes de Estado e outras autoridades e demais turistas que devem visitar o Brasil para o evento serão acompanhados em tempo real por meio do Sistema de Gerenciamento de Voos Olímpicos e Paralímpicos (SVOP), um software desenvolvido especialmente para a Rio 2016.

Entre os desafios gerados pela grande concentração de tráfego aéreo no período, a Sala Master vai acompanhar o gerenciamento de mil pousos e decolagens de aeronaves executivas e cerca de 700 movimentos de voos comerciais programados para o dia da abertura do evento, 5 de agosto, somente nos aeroportos Santos Dumont e Galeão. O objetivo do trabalho é garantir a fluidez dos serviços nos aeroportos, causando mínimo impacto à rotina do passageiro e mantendo a regularidade da operação no ar e em solo.

COMPOSIÇÃO – A Sala Master reúne, em um ambiente voltado à coordenação de ações e à tomada conjunta de decisões, 24 horas por dia, representantes de ministérios, secretarias, agências governamentais, empresas aéreas e todas as organizações envolvidas direta ou indiretamente na estrutura do transporte aéreo do Brasil durante os Jogos Rio 2016. Participam, ao todo, 27 membros do Comitê Técnico de Operações Especiais da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias).

O monitoramento permanente da operação do setor está previsto no Manual de Planejamento do Setor Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, construído sob coordenação da Secretaria de Aviação Civil. Entre os pontos de destaque estão o planejamento dos terminais de passageiros, a ocupação de pátios e pistas, questões de segurança e defesa aérea, capacidade de operação dos aeroportos e acessibilidade.

De acordo com estudo do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, a expectativa é que os dez principais aeroportos envolvidos na operação do setor para os Jogos registrem, juntos, cerca de 350 mil embarques/desembarques somente no dia 5 de agosto, abertura oficial da Olimpíada.

RESTRIÇÃO DO ESPAÇO AÉREO – Da Sala Master, será possível monitorar também o cumprimento das regras especiais para o espaço aéreo no período dos Jogos, definidas pela Circular de Informação Aeronáutica AIC 07/2016. De 24 de julho a 22 de agosto (Jogos Olímpicos) e de 7 a 19 de setembro (Jogos Paralímpicos) haverá restrições específicas para sobrevoar a cidade do Rio de Janeiro.

Serão ativadas três áreas de restrição: áreas branca, vermelha e amarela, com diferentes proibições de voo. Além de aeronaves comerciais e executivas, voos de ultraleves, saltos de paraquedas, voos de parapente e de aeronaves remotamente pilotadas (drones) também estão entre as categorias afetadas pela regra.

OPERAÇÃO DO SETOR AÉREO NOS JOGOS – Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem trazer ao Brasil delegações de 206 países e mais de 100 chefes de Estado. Em torno de 2.200 controladores de voo receberam treinamento específico para administração do fluxo da aviação no período da competição e mais de 1 mil vagas extras foram mapeadas nos pátios dos terminais para estacionamento de aeronaves no período. Os dez principais aeroportos que devem atender à demanda majoritária do evento terão um efetivo aproximado de 11 mil profissionais no período. 

Fonte: SAC 20/07/2016

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