
A Voepass, que já foi uma das principais companhias aéreas regionais do Brasil, está em uma situação crítica em meio a sua recuperação judicial, mas segue se movimentando, embora sem voar. Em agosto, a Voepass implementou uma reestruturação societária, tornando a MAP a controladora das demais empresas do grupo.
Essa mudança foi apresentada à Justiça como uma estratégia para facilitar a criação de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), que permitiria negociar os slots sem transferir as dívidas acumuladas. A empresa argumenta que a conclusão do plano de recuperação depende da capacidade de comercializar esses ativos com terceiros.
Atualmente, o grupo enfrenta um passivo superior a R$ 193 milhões. Inicialmente, o plano de recuperação judicial abrangia R$ 215 milhões em dívidas, mas, após exclusões e ajustes, esse valor foi reduzido para R$ 25 milhões. A assembleia de credores, que será fundamental para definir os próximos passos do plano, está agendada para ocorrer em outubro.
Apesar dos obstáculos enfrentados, os advogados da Voepass afirmam que existem interessados na aquisição dos slots, e que essas negociações podem ser cruciais para garantir a continuidade das operações das empresas envolvidas.
A Justiça ainda está avaliando o pedido para impedir a redistribuição das cotas restantes pela ANAC, uma decisão que pode ser decisiva para o sucesso da recuperação da companhia.