Indústria

SNA discute trabalho de mecânicos e incentivo à formação de tripulantes

Representantes do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) compareceram a audiências públicas no Congresso Nacional nesta terça-feira (23) para garantir os direitos da categoria. 

Na Comissão de Viação e Transportes da Câmara, o diretor de Formação Sindical do SNA, comandante Mário Amato, discutiu a retirada de mecânicos de aeronaves durante o embarque e o desembarque de passageiros ―a responsabilidade passaria para a tripulação ou profissionais com menor qualificação técnica.

A prática está sendo adotada por uma companhia no Brasil e tem causado polêmica. A principal justificativa é a de que as aeronaves atuais são mais modernas e dispensam a presença do mecânico no pátio de permanência das aeronaves durante o tempo de solo. O argumento, no entanto, é contestado por ameaçar a segurança de voo. Segundo Amato, um piloto que vai ser capacitado por um ou dois dias para cumprir a função do lado de fora da aeronave não terá mesma eficiência de um mecânico que passou por um curso de especialização e por provas na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil.

“No momento em que o piloto tiver que sair da cabine de comando e acompanhar as funções em solo, como abastecimento da aeronave, nós estaríamos fragilizando todo o conceito de segurança que hoje estamos tentando implantar no projeto de lei 8255/2014, que estabelece a Nova Lei dos Aeronautas”, enfatizou o comandante Amato.

No Senado, o diretor de Relações Institucionais do SNA, comandante Adriano Castanho, participou de um debate na Comissão Especial de Reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica. Ele falou da necessidade de incentivar as escolas e aeroclubes que formam pilotos e comissários de bordo no Brasil com benefícios, a exemplo de isenção de taxas e tarifas, para garantir a boa formação dos profissionais. Para ele, isso deve ser encarado como investimento, e não custo.

“Nós temos hoje um resultado muito expressivo em relação à qualidade e ao número de pilotos e comissários formados no Brasil, que são reconhecidos no mundo todo, e não podemos deixar esse nível cair. É importante que o governo entenda que tem que participar agora dando algum tipo de incentivo para que essas escolas e aeroclubes sobrevivam e sirvam de base para formação dos tripulantes do futuro”, destacou o comandante Castanho.

Fonte: 22/08/2016

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