Infraestrutura

Número de voos apresenta queda de 13% no aeroporto de Uberlândia

Dados divulgados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) mostram que os brasileiros estão viajando menos de avião. De acordo com as informações divulgadas, o número de voos caiu 12% nos aeroportos do país, nos últimos dois anos. Em Uberlândia, a queda foi ainda maior, 13%.

Ainda segundo Infraero, na cidade, foram realizados em 2015, 27.401 voos. Já no ano passado, o número de decolagens e pousos caiu pra 23.624,  3.700 a menos.

Para não perder negócios e cortar gastos, empresários buscam outros meios de transporte é o caso do diretor de empresas, Wendel Lobato. Ele destaca  que assim como ele,  todos os consultores da empresa dele também tiveram cortes nas viagens de avião.  “Uma das ações que nós colocamos em prática foi a redução de custos com viagens. Optando no ano de 2016 por viagens de ônibus. Tem sido realmente um fator muito bom para a redução de custos”, explicou.

O empresário justifica que pelo menos, uma vez por mês, os consultores precisam viajar para São Paulo ou Rio de Janeiro para prestar serviços e os gastos vão além da passagem. Por isto, agora as viagens de negócios se resumem a videoconferências.

Para o economista Renan Würfel,  a mudança no comportamento das pessoas e dos administradores de empresas se resume no atual cenário econômico. “As pessoas têm a sua renda limitada, quem não perdeu o emprego teve uma diminuição no poder de compra. Fora que quem perdeu seu emprego formal acaba tendo uma dificuldade para ter um programa de lazer. Acaba focando para as necessidades básicas”, afirmou.

E se a viagem for para o exterior, a dificuldade em bancar as passagens e as outras despesas é ainda maior. O número de voos no país,  caiu 17% no ano passado, segundo a Infraero. “Para a gente ter um volume que se teve até um tempo atrás vai acabar levando um tempo, até que a economia se recupere. Isto acaba afetando um pouco o mercado interno de viagens, porque as pessoas acabam deixando de ir para fora, para viajar aqui dentro”, concluiu o economista.

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