Infraestrutura

Nova empresa deve administrar melhores aeroportos da Infraero

O governo pretende criar uma nova subsidiária da Infraero –em parceria com a operadora alemã Fraport– para administrar os aeroportos mais rentáveis da rede estatal, como Congonhas (São Paulo), Santos Dumont (Rio), Curitiba e Manaus.

Chamada internamente de “Infraero Gold”, a empresa que deverá reunir o “filé mignon” dos aeroportos deverá abrir capital na Bolsa de Valores já no próximo ano e permitirá que a iniciativa privada, que hoje opera lojas e demais negócios comerciais nesses aeroportos, faça propostas mais ousadas.

Os investidores privados poderão, por exemplo, construir shoppings, hotéis e outros empreendimentos para atrair mais público. Em troca, terão de custear obras de expansão e manutenção desses aeroportos.

Os investidores privados poderão, por exemplo, construir shoppings, hotéis e outros empreendimentos para atrair mais público. Em troca, terão de custear obras de expansão e manutenção desses aeroportos.

A legislação permite esse tipo de parceria, e a Fraport foi escolhida por meio de chamamento público.

A única condição é que a Infraero não transfira para terceiros a administração em si dos aeroportos. Isso só pode acontecer se o governo decidir privatizá-los, como aconteceu em Guarulhos (SP), Viracopos (em Campinas), Galeão (Rio), Confins (Minas), Brasília e Natal (RN).

Na próxima rodada, prevista para o início do ano que vem, serão repassados para o setor privado os aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza.

A concessão desses locais é considerado um dos principais testes para o governo Michel Temer testar a sua capacidade de atrair investimento para o país (prevê arrecadar R$ 3 bilhões pelo menos com a disputa), em meio à tensão políticas e às dificuldades da economia brasileira de pôr fim à recessão.

AVIAÇÃO REGIONAL

Outra medida para ajustar o caixa da Infraero virá com uma segunda rodada de privatizações em 2017.

Ela incluirá entre dez e 20 aeroportos de pequeno porte espalhados por Nordeste, Sul, Sudeste e em Mato Grosso. Todos são deficitários e alguns nem sequer conseguem atrair voos regulares.

A ideia é promover mudanças que permitam criar modelos de negócios atrativos para investidores.

O valor de venda desses aeroportos será o suficiente para bancar o desligamento dos cerca de 2.000 funcionários da Infraero que hoje trabalham nesses locais.

Quem vencer a disputa poderá contratar a administração da Infraero Serviços, outra subsidiária da estatal em parceria com a alemã Fraport que deverá ser criada como prestadora de serviços.

Fonte: Folha de S. Paulo 29/12/2016

 

 

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