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Negociação com United será longa, diz presidente da Avianca

O presidente da Avianca Holdings, Hernan Rincon, disse nesta quarta-feira (1º) que o processo de negociação com a americana United Airlines ainda vai durar meses até que o acordo entre as duas companhias seja efetivado.

“Estamos em um processo que será longo, até que passe por todas as etapas e seja aprovado pelas autoridades”, disse Rincon, em teleconferência de resultados.

 

O presidente da Avianca afirmou que as duas empresas estão negociando “parcerias estratégias comerciais” que vão gerar sinergias para receitas, custos e lucros. “É uma parceria complexa”, afirmou o executivo a analistas sem dar mais detalhes.

Em 31 de janeiro deste ano, a Avianca Holdings disse que a United foi a empresa escolhida após seis meses de tratativas com potenciais candidatos a aportar capital na aérea colombiana. Em junho de 2016, a empresa tinha contratado o Bank of America Merrill Lynch (BofA) para encontrar um sócio minoritário.

O presidente da Avianca Holdings disse que o conselho da companhia também está analisando formas de ampliar parcerias com a brasileira Avianca Brasil.

Avianca Holdings e Avianca Brasil, sediada em São Paulo, são empresas separadas, mas os donos são irmãos — German Efromovich controla a operação colombiana e José Efromovich a brasileira. Eles também são sócios no Grupo Synergy, que tem participação nas duas companhias.

Minoritários

Segundo Rincon, a companhia foi notificada de uma ação judicial movida pelo segundo maior acionista do grupo, o Kingsland Holdings.

“Não temos detalhes, mas confirmamos que fomos notificados e nosso departamento jurídico está tomando as medidas necessárias”, disse ele.

O Kingsland detém 14,46% da Avianca Holdings — sendo 22% do capital com direito a voto. O acionista majoritário é o Synergy Aerospace, controlado por German Efromovich, com 78% do capital votante.

“A transação da United desvia a maior parte da injeção de recursos que a United considera fazer na Avianca — um ativo valioso que pode dar à United um lucro anual estimado em mais de US$ 75 milhões — para as afiliadas financeiramente frágeis de Efromovich”, acusa a ação movida pelo Kingsland, segundo informou ontem a agência Bloomberg.

O grupo Kingsland é controlado pela família Kriete, que fundou a Taca, companhia aérea da América Central comprada pela Avianca em 2010.

Fonte: Valor Econômico 01/03/2017

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