Indústria

Fabricante retoma planos de investir em nova família de aeronaves

Não é de hoje que a Boeing cogita a possibilidade de investir numa nova família de aeronaves de médio porte. No dia 1° de julho de 2016, como vimos aqui no M&E, a fabricante norte-americana acabou revelando detalhes do que a indústria pode esperar no futuro com relação aos seus investimentos. Nesta semana o assunto voltou à tona nos bastidores da Boeing: investir ou não investir cerca de US$ 15 bilhões numa nova família de aeronaves?

A decisão está sendo uma das mais importantes da década. A aeronave, já apelidada de B797, teria todo o design do moderno B787 Dreamliner, revelado em 2004, com certos investimentos em infraestrutura e tecnologia para concorrer com certos avanços da concorrente Airbus. O desenho da aeronave seria totalmente ligado à viagens de média distância, uma lacuna já conhecida dos diretores da fabricante norte-americana que precisa ser preenchida.

No entanto, investir US$ 15 bilhões numa nova família de aeronaves não é uma decisão fácil de ser tomada. Um erro poderia até canibalizar as vendas do B787 Dreamliner e prejudicar os ganhos anuais da Boeing. É certo dizer que a proposta está na mesa dos grandes diretores da maior fabricante de aeronaves do planeta, enquanto o próprio Conselho Administrativo pretende revisar o case deste possível programa até o fim de março.

Em meio a isto tudo, o relógio corre! Se optar pelo investimento, a Boeing planeja uma potencial entrada em serviço da nova família entre os anos de 2024 e 2025, com cerca de cinco anos de desenvolvimento e estudos para bater esta meta. O ex-presidente da Boeing Commercial Airplanes, Ray Conner, em 2016, já sabia que o portfólio de sua empresa, desde 2012, lidava com uma lacuna entre as famílias 737 e 777X/787 de aeronaves comerciais.

Na época, duas opções surgiram em sua mesa para esta deficiência ser resolvida. A primeira solução, que logo seria descartada, era um projeto menos ambicioso e que traria ao mercado uma nova variante da família 737, maior, mais potente, eficiente e moderna. A segunda opção (bem mais cara) seria a criação de uma nova família de aeronaves na categoria “midsize”, que se encaixaria perfeitamente nesta lacuna, o que voltou à tona esta semana.

Fonte: Mercado e Evento 01/02/2019

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