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DECEA promoveu II Workshop Cyber & SWIM

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em conjunto com o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), promoveu, entre os dias 28 a 30 de novembro, nas dependências do ICEA, em São José dos Campos (SP), a segunda edição do Workshop Cyber & SWIM (do inglês System-Wide Information Management).

A abertura do evento contou com a presença do Diretor do ICEA, Coronel Aviador Manoel Araujo da Costa Junior, que destacou a importância do evento, por proporcionar à Comunidade ATM (gerenciamento de tráfego aéreo) um ambiente colaborativo para o desenvolvimento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Em cooperação com a Universidade de Brasília (UnB) e a empresa nacional IACIT Soluções Tecnológicas S/A, o ICEA apresentou no primeiro dia do evento uma demonstração do conceito SWIM, com base na arquitetura proposta pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), em que foram apresentadas a publicação de dois serviços no protótipo de SWIM Registry desenvolvido pela UnB, um de meteorologia, provido pela IACIT e um de plano de voo, desenvolvido pelo ICEA exclusivamente para a demonstração.

Contando com a presença de cerca de 50 participantes oriundos dos diversos segmentos da Comunidade ATM – regulador, indústria, academia e usuários – o evento trouxe em sua programação dois seminários. O primeiro, ministrado pelo ICEA, apresentou em detalhes o conteúdo do Manual do Conceito SWIM da OACI (Doc. 10039), enquanto o segundo, proferido pela UnB, trouxe detalhes sobre a aplicação do conceito SWIM no Brasil.

O workshop contou ainda com palestras proferidas pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), pelos Subdepartamentos de Operações (SDOP), Técnico (SDTE) e Administrativo (SDAD) do DECEA, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), da Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA), pela Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e pelas empresas ATECH, EMBRAER e NAV CANADA.

Durante o evento foram divulgadas à Comunidade ATM as mais recentes iniciativas do DECEA em prol do desenvolvimento dos temas SWIM e segurança cibernética no SISCEAB, como a criação do empreendimento específico sobre o SWIM no Programa SIRIUS, além da criação dos Comitês Técnicos sobre Segurança Cibernética no ATM (CT-CIBER/ATM) e sobre SWIM (CT-SWIM), importantes mecanismos a serem utilizados a partir de 2018 para dar continuidade às ações do DECEA, em conjunto com a colaboração da Comunidade ATM.

As apresentações realizadas durante o II Workshop Cyber & SWIM estão disponíveis no site do evento: http://www.icea.gov.br/workshopcyberswim/.

Avanços na adoção do conceito SWIN no SISCEAB

O SWIM é um conceito proposto pela OACI, que visa à interoperabilidade global de dados e informações relacionadas ao gerenciamento do tráfego aéreo. Considerando os desafios inerentes ao cenário globalizado atual e tendo em vista ser a aviação o principal modal de transporte para conexão entre Estados e continentes, a troca de dados e informações entre os diferentes provedores de serviços de navegação aérea envolvidos em um voo é essencial para possibilitar operações aéreas mais eficientes e contribuir para a garantia da segurança operacional.

Nesse sentido, os princípios propostos para a adoção do SWIM, uma vez aplicados, proporcionarão um ambiente mais propício ao ATM, garantindo a disponibilidade de informação consistente e oportuna aos diversos atores envolvidos, por meio de uma infraestrutura comum e sob uma governança bem estabelecida.

A segurança cibernética, por sua vez, é tema cada vez mais relevante em sistemas complexos, como é o de tráfego aéreo, considerando que as soluções tecnológicas modernas são fortemente baseadas em comunicações realizadas por intermédio da internet e são, com frequência, alvo de invasões e ataques maliciosos.

Para garantir que o sistema ATM, incluindo as mudanças que serão inseridas com a adoção do conceito SWIM, esteja preparado para evitar ataques, bem como mitigar efeitos de eventuais ameaças, sem causar impacto negativo às operações aéreas, é importante que haja o mapeamento das potenciais ameaças, o monitoramento controlado dos diversos sistemas e serviços associados, entre outras ações necessárias à garantia dos níveis adequados de segurança operacional.

Fonte: DECEA 19/12/2017

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