Tecnologia

Boeing investe na construção de aeronaves elétricas

Fabricante espera desenvolver tecnologias de bateria capazes de suportar uma nova matriz energética para seus aviões.

A Boeing realizou aportes consideráveis na Cuberg, empresa que tem pesquisado novas tecnologias de armazenamento energético. O objetivo do gigante norte-americano é desenvolver capacidades para viabilizar a criação de aeronaves elétricas e de aumentar a eficiência energética das baterias hoje em uso na aviação.

O maior desafio enfrentado pela indústria é a baixa densidade energética das baterias quando comparada com o combustível fóssil. Mesmo o setor automobilístico ainda enfrenta grandes dificuldades, tendo criado projetos com centenas de baterias interligadas. Embora solucione o problema da baixa densidade energética, agrega um peso estrutural extra ao projeto, muitas vezes superior ao de um tanque de combustível cheio.

 

Alguns estudos recentes com novas baterias de íons de lítio permitiram viabilizar a propulsão de aeronaves elétricas leves, de até quatro lugares, mas aeronaves maiores necessitam densidades energéticas ainda não existentes, o que deve significar um novo processo químico capaz de acumular uma carga elétrica maior numa massa inferior a existente hoje.

A Cuberg trabalha no desenvolvimento de uma bateria de lítio metálica, que se difere das tradicionais baterias de íons de lítio ao substituir o anodo de grafite por anodo de lítio puro. Embora ambos materiais possuam a mesma capacidade energética, o anodo de lítio possui uma densidade e peso inferior. O uso do novo composto químico permite reduzir o peso da bateria em mais de 50%. A expectativa é também reduzir o volume total das novas baterias, criando dispositivos compactos e leves. Outra vantagem da nova tecnologia é sua estabilidade, o que permite seu transporte aéreo sem riscos por incêndios.

Os pesquisadores ainda trabalham numa tecnologia baseada em eletrólito líquido inorgânico, que além de ser mais barato de ser produzidos, seja quimicamente estável e não-inflamável.

Fonte: Aeromagazine 30/01/2018

 

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